Justiça de SP determina sigilo sobre e-mails e documentos da Americanas
Juíza do caso disse na decisão que, apesar do sigilo, permanece a "necessidade da publicidade dos atos processuais, por razões de interesse público e transparência"
Uma juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo acatou nesta quarta-feira (1º) um pedido da Americanas para que os documentos e e-mails apreendidos em vistoria relacionada à empresa sejam mantidos em sigilo.
A juíza Andréa Galhardo Palma, da 2ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem, determinou na decisão que “seja atribuído sigilo processual, tão somente sobre os documentos, e-mails, demais dados etc… que vierem a ser apreendidos, até que seja feita uma triagem pelo expert nomeado, o qual ficará como depositário fiel dos mesmos”.
Na semana passada, Palma determinou, após pedido do Bradesco, a apreensão de todos os e-mails corporativos de executivos e membros do conselho de administração da Americanas, no âmbito de processo ligado ao rombo de cerca de R$ 20 bilhões que levou a varejista à recuperação judicial.
Na decisão desta quarta-feira, a juíza disse que, apesar do sigilo, permanece a “necessidade da publicidade dos atos processuais, por razões de interesse público e transparência”. Nesse sentido, acatou pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para o compartilhamento com a autarquia das provas produzidas no processo.
A CVM abriu em janeiro diversos processos de investigação para apurar eventos ligados à Americanas.
A Americanas não comentou de imediato.