Juros ou risco de populismo: o que preocupa mais o mercado?
Decisão da taxa Selic nesta semana e declarações de Bolsonaro sobre futuro das contas públicas estão no radar dos investidores
O mês de agosto já deve começar com os mercados estressados. Na última sexta-feira (30), o dólar subiu 2,5% e a bolsa de valores caiu mais de 3%, voltando aos níveis de março.
Um dos principais motivos para o abalo foram as declarações do presidente Jair Bolsonaro, de que as contas públicas teriam que ficar no negativo para implementar a nova versão mais turbinada que o governo planejar para o Bolsa Família.
Foi o suficiente para romper a já frágil expectativa de que as contas públicas do país poderiam começar a voltar para os eixos depois do choque de gastos causado pela pandemia.
Foi também de Bolsonaro, neste sábado (31), a informação de que a reforma tributária deverá incluir a redução da alíquota máxima do imposto de renda das pessoas físicas, dos atuais 27,5% para 25%.
Caberá ao Ministério da Economia e à Câmara dos Deputados, onde a proposta está sendo debatida, explicar como a queda de arrecadação causa pela eventual mudança poderá ser compensada.
Enquanto isso, analistas e investidores aguardam os novos sinais do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se encontra nesta semana e anuncia na quarta-feira (4) qual será a nova taxa de juros do país – a expectativa é que, com a inflação sem dar folga, a taxa Selic tenha que subir mais rápido e chegue aos 7% ainda neste ano.
Neste episódio do podcast Abertura de Mercado, a comentarista de economia da CNN Thais Herédia ouve especialistas sobre essas movimentações, e aproveita pra falar sobre outros temas que devem impactar a economia e influenciar os mercados nesta semana.
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*Texto publicado por Juliana Elias