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    Itaú e Bradesco rebatem carta dos sócios da Americanas: “leviana” e “desvio de atenção”

    Grupo conhecido como 3G divulgou uma carta sobre o escândalo contábil na empresa afirmando que, assim como os bancos que têm negócios com a varejista, o grupo não conseguiu perceber o problema contábil na varejista

    Fernando Nakagawada CNN

    Os dois maiores bancos privados do Brasil reagiram duramente à carta dos principais sócios da Americanas. Itaú Unibanco diz que é “leviana a tentativa de atribuir aos bancos” responsabilidade sobre a gestão contábil da varejista. Já o Bradesco diz que os sócios tentam “desviar a atenção do problema central, ou seja, a falta de consistência dos números” da Americanas.

    No domingo (22), o grupo conhecido como 3G divulgou uma carta sobre o escândalo contábil na empresa. Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira assinaram o texto em que afirmam que, assim como os bancos que têm negócios com a Americanas, o grupo não conseguiu perceber o problema contábil na varejista.

    Nesta terça-feira (24), Itaú Unibanco divulgou nota em que lembra que “a elaboração e aprovação das demonstrações financeiras que espelhem a realidade da companhia são responsabilidade única e exclusiva da administração da empresa” e que esse trabalho não tem “nenhuma influência dos bancos ou outros credores”.

    O maior banco privado do Brasil diz ainda que sempre adotou as melhores práticas de mercado no relacionamento com a Americanas e as operações com a empresa sempre foram reportadas nos sistema do Banco Central. “Dessa forma, é leviana a tentativa de atribuir aos bancos qualquer responsabilidade sobre as práticas contábeis irregulares da empresa”, cita o texto.

    O concorrente Bradesco também decidiu responder. “A governança contábil das empresas é atribuição exclusiva e não transferível da sua administração, inclusive Conselho de Administração”, cita o texto.

    “Não compactuamos com alegações que buscam criar narrativas para atribuir aos bancos qualquer responsabilidade sobre as práticas contábeis irregulares da empresa”, completa o texto. Para o Bradesco, o posicionamento dos sócios parece tentar “desviar a atenção do problema central, ou seja, a falta de consistência dos números das demonstrações financeiras e as responsabilidades dos seus dirigentes sobre tal fato.”

    A Americanas foi procurada pela CNN para um posicionamento sobre a manifestação dos bancos. O texto será atualizado com a reposta da varejista.

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