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    IPCA sobe 0,83% em fevereiro puxado por Educação, diz IBGE

    Grupo acelerou 4,98% no mês com impacto sazonal da volta às aulas

    João Nakamurada CNN* , São Paulo

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,83% em fevereiro, após alta de 0,42% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12).

    A alta foi puxada pelo impacto sazonal do grupo Educação, que subiu 4,98% no mês.

    O resultado veio acima da expectativa de economistas consultados pela Reuters, que esperavam alta de 0,78%.

    Nas atividades de Educação, a maior contribuição veio dos cursos regulares, que subiram 6,13% no mês.

    “Esse resultado se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.

    As maiores altas nos preços vieram dos grupos:

    • Ensino Médio (8,51%);
    • Ensino Fundamental (8,24%);
    • Pré-escola (8,05%);
    • Curso técnico (6,14%);
    • Creche (6,03%).

    Também houve aumento na inflação do ensino superior (3,81%) e da pós-graduação (2,76%).

    Além da educação, outros seis grupos de um total de nove registraram alta. Foram eles:

    • Comunicação (1,56%);
    • Alimentação e bebidas (0,95%);
    • Transportes (0,72%);
    • Saúde e cuidados pessoais (0,65%);
    • Habitação (0,27%);
    • Despesas pessoais (0,05%).

    Na alimentação no domicílio, a alta foi de 1,12%, com influência dos aumentos de preços da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%).

    “Neste caso, houve influência do clima, por conta de temperaturas mais elevadas e um maior volume de chuvas”, justifica Almeida.

    Já as categorias Vestuário e Artigos de residência contraíram no mês, respectivamente a -0,44% e -0,07%.

    Inflação em 12 meses

    O indicador do IBGE é utilizado para medir a inflação oficial do país.

    Apesar da alta no mês, a inflação acumulada em 12 meses registrou leve baixa em fevereiro, a 4,50% ante 4,51% no mês anterior. Com isso, o resultado fica no teto da meta de 2024.

    Para este ano, o centro da meta da inflação é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

    De acordo com o Boletim Focus, levantamento que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, analistas reajustaram para cima suas apostas para a inflação de 2024, em alta de 3,77%.

    *Sob supervisão de Larissa Coelho; com informações de Reuters

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