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    IPCA precisa de deflação de 0,13% em dezembro para não estourar meta, diz IBGE

    Para dezembro, a inflação deve captar alívios de reduções de preços de combustíveis anunciadas pela Petrobras; gasolina, diesel e gás de cozinha ficaram mais baratos nas refinarias

    Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) precisaria registrar uma deflação de 0,13% em dezembro para encerrar o ano dentro da meta de inflação, calculou Pedro Kislanov, gerente do Sistema de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Em novembro, o IPCA teve alta de 0,41%, a menor taxa para o mês desde 2018, quando caiu 0,21%.

    No mês de novembro de 2021, o IPCA tinha sido de 0,95%. Como resultado, a taxa em 12 meses passou de 6,47% em outubro para 5,90% em novembro. Em dezembro de 2021, o IPCA teve elevação de 0,73%.

    A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,5%, que tem margem de tolerância até 5%.

    “Normalmente, o final do ano é marcado por uma demanda mais forte. Realmente costuma ter inflação mais alta no final do ano e no começo do ano, inflação mais baixa no meio do ano”, explicou Kislanov. “Por demanda também, mas também por uma questão sazonal de alimentos”, acrescentou ele.

    Kislanov lembra que o verão é período de chuvas intensas, que costumam afetar o desempenho de algumas lavouras. Como alimentação é o grupo de maior peso, “acaba afetando bastante o IPCA”.

    Para dezembro, a inflação deve captar alívios de reduções de preços de combustíveis anunciadas pela Petrobras. Gasolina, diesel e gás de cozinha ficaram mais baratos nas refinarias.

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