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    Insatisfeitos com impostos, caminhoneiros romenos cogitam ir para o Reino Unido

    Governo britânico pretende emitir vistos temporários para cinco mil motoristas de caminhão estrangeiros para ajudar a compensar a escassez de mão de obra

    Radu-Sorin MarinasOctav Ganeada Reuters

    Para Nicolae, um caminhoneiro romeno de 32 anos, a crise de falta de motoristas no Reino Unido pode ser exatamente o que ele precisa para manter seu pequeno negócio.

    A carência de cerca de 100 mil caminhoneiros no Reino Unido, resultado da saída de trabalhadores do setor, do Brexit e da pandemia, tem provocado caos nas cadeias de suprimento, e postos de combustível de cidades de todo o país estão ficando secos.

    Em reação, o governo britânico pretende emitir vistos temporários para cinco mil motoristas de caminhão estrangeiros para ajudar a compensar a escassez, além de usar o Exército para conduzir caminhões-tanque.

    “A oferta dos britânicos é atraente”, disse Nicolae, que possui três caminhões e cujo negócio poderia sofrer com um imposto adotado sobre a cota diária dos motoristas da Romênia.

    “Para mim, taxar nossa cota diária significa falência, porque os lucros relacionados ao transporte são bem modestos”, disse. “O Reino Unido é uma opção… os ganhos lá são bem mais altos”.

    Nesta quarta-feira (29), Nicolae e cerca de outros 100 caminhoneiros estacionaram seus veículos na Praça Vitória de Bucareste diante de edifícios do governo e tocaram as buzinas para protestar contra o imposto e os preços em disparada das diretrizes de seguro obrigatório.

    No início deste ano, a agência reguladora de impostos da Romênia decidiu tratar as cotas diárias dos caminhoneiros como renda tributável e ainda taxar as cotas das empresas de transporte retroativamente em cinco anos.

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