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    Inflação dos EUA tem se mostrado muito mais “teimosa” do que muitos imaginavam, diz dirigente do Fed

    Sem direito a voto nas decisões de política monetária, Tom Barkin considerou que a política monetária já está em território restritivo

    Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo

    O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Richmond, Tom Barkin, afirmou nesta terça-feira (30) que a inflação nos Estados Unidos tem se mostrado mais “teimosa” do que muitos previam e ainda “parece muito elevada”. Ele respondeu a questões em evento da Associação Nacional para Economia de Negócios (Nabe, na sigla em inglês)

    Sem direito a voto nas decisões de política monetária, Barkin considerou que a política monetária já está em território restritivo. Agora, ele diz buscar sinais de desaceleração na demanda, o que por sua vez deve fazer a inflação perder fôlego e caminhar para a meta do Fed.

    Em outro momento, Barkin considerou que “certamente” houve aperto recente no crédito nos EUA.

    Na avaliação do dirigente, em geral os volumes de empréstimo têm se mantido em nível “razoável” no país. Ele disse que ouve relatos de alguns banqueiros dizendo que têm mantido crédito a seus clientes, mas sem ampliá-los, por exemplo.

    Na reunião passada do Fed, ele disse que fazia sentido continuar a elevar os juros, mas de modo gradual. O dirigente disse ter apoiado a mudança para que as próximas decisões sejam mais dependentes dos próximos indicadores.

    Barkin ainda comentou que problemas em cadeias de produção “tem diminuído” nos EUA, mas ainda continuam a existir em alguns segmentos, como na produção automobilística.

    Também para ele, a questão do teto da dívida deve ser resolvida nesta semana, após o presidente Joe Biden e o da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, chegarem a um acordo sobre o tema.

    Ainda para o presidente da distrital de Richmond, o quadro ideal não é que os juros nos EUA estejam em zero sempre para apoiar a economia, mas em nível “neutro”. Questionado sobre o quadro adiante, ele lembrou que “ninguém cancelou o ciclo econômico” e, com isso, é de se esperar que em algum momento futuro ocorra uma recessão.

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