“Inflação do aluguel”: IGP-M desacelera para 0,6% em julho, diz FGV
Em 12 meses, indicador soma alta de 3,8%
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), também conhecido como “inflação do aluguel”, desacelerou para 0,61% em julho, ante avanço de 0,81% no mês anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) publicados na manhã desta terça-feira (30).
Com esse desempenho, o indicador acumula alta de 1,71% em 2024 e de 3,82% em 12 meses.
Em julho de 2023, o índice havia recuado 0,72% e acumulava queda de 7,72% em 12 meses anteriores.
André Braz, Coordenador dos Índices de Preços, pontua que os três componentes que formam o IGP-M mostraram perda de fôlego na passagem do mês.
“No índice ao produtor e ao consumidor, apesar da influência da desvalorização cambial e dos reajustes de preços administrados, como gasolina e energia, os índices subiram menos nesta edição”, detalha.
“Destaca-se a queda expressiva nos preços dos alimentos in natura, tanto no índice ao produtor quanto ao consumidor. No âmbito do INCC, a alta da mão de obra foi menor, o que contribuiu para o arrefecimento da inflação neste segmento”.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,68%, mostrando desaceleração em relação ao observado em junho, quando registrou alta de 0,89%.
Neste segmento, o recorde de Bens Intermediários subiu 0,91%, enquanto o índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) avançou 0,99%. Ainda no grupo, o estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou alta de 1,14%.
Em julho, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma variação de 0,30%, recuando em relação à taxa de 0,46% observada no mês anterior. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, cinco delas exibiram desaceleração em suas taxas de variação.
O maior impacto veio do grupo Alimentação, cuja taxa de variação passou de 0,96% para -0,84%.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma alta de 0,69%, valor inferior à taxa de 0,93% observada em junho.
O grupo Materiais e Equipamentos apresentou um avanço, passando de 0,48% para 0,58%; o grupo Serviços subiu de 0,29% para 0,65%; e o grupo Mão de Obra registrou desaceleração, variando de 1,61% para 0,85%.