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    Inflação ao produtor na China atinge mínima de 17 meses; preços ao consumidor aceleram

    Índice de preços ao consumidor aumentou 2,7% em relação ao ano anterior, o ritmo mais rápido desde julho de 2020, mas abaixo da previsão de alta de 2,9%

    Por Liangping Gao e Kevin Yao, da Reuters

    A inflação ao produtor na China diminuiu caiu para uma mínima de 17 meses em julho, contrariando as pressões globais de custos uma vez que o setor de construção mais fraco pesou sobre a demanda por matéria-prima, embora os aumentos dos preços ao consumidor tenham atingido um pico de dois anos em meio ao aperto no fornecimento de carne suína.

    O índice de preços ao produtor subiu 4,2% em relação ao ano anterior, disse nesta quarta-feira (10) a Agência Nacional de Estatística, depois de alta de 6,1% em junho e ante expectativa de aumento de 4,8%.

    A alta dos preços ao produtor chinês diminuiu de uma máxima de 26 anos em outubro do ano passado, dando às autoridades alguma margem de manobra para estimular a economia em queda, mesmo quando os bancos centrais do mundo se esforçam para reduzir a inflação com aumentos agressivos das taxas de juros.

     

    O índice de preços ao consumidor aumentou 2,7% em relação ao ano anterior, o ritmo mais rápido desde julho de 2020, mas abaixo da previsão de alta de 2,9%.

    O governo estabeleceu uma meta anual para a inflação ao consumidor de cerca de 3%, e o primeiro-ministro, Li Keqiang, disse no mês passado que a China seria capaz de manter o aumento de preços de 2022 abaixo de 3,5%, numa tentativa de destacar a necessidade de estabilizar os preços e o emprego.

    “Se conseguirmos manter a taxa de desemprego abaixo de 5,5% e o aumento dos preços ao consumidor ficar abaixo de 3,5% durante todo o ano, poderemos viver com uma taxa de crescimento ligeiramente superior ou inferior à meta, não muito baixa, é claro”, disse Li em uma discussão com líderes empresariais organizada pelo Fórum Econômico Mundial.

    Embora a inflação relativamente benigna da China tenha se devido em grande parte à demanda interna fraca, uma moderação nas pressões globais sobre os preços, como a queda dos preços do petróleo, também contribuiu para a desaceleração de julho.

    “A inflação nos portões das fábricas permanecerá em uma trajetória descendente durante o resto do ano em meio a uma queda adicional nos preços das commodities, alívio nos gargalos de abastecimento e uma base mais alta de comparação”, disse Zichun Huang, economista da China na Capital Economics, em uma nota.

    Em sinal da desaceleração, o índice de preços ao produtor caiu 1,3% na comparação mensal, primeiro declínio mensal desde janeiro, com as maiores quedas nos preços de metais e petroquímicos.

    Após pico, inflação não deve avançar muito mais, diz Capital Economics

    O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China subiu para um pico de 24 meses em julho, e agora está se aproximando da meta do governo de 3%, destaca a Capital Economics.

    No entanto, em relatório, a consultoria aponta que o patamar ainda é muito baixo para os padrões globais.

    Sua visão é de que a inflação no mundo está próxima de um pico, e cairá novamente nos próximos trimestres.

    A consultoria duvida que o CPI na China suba muito mais.

    “É certo que o núcleo da inflação provavelmente aumentará à medida que o mercado de trabalho continuar se recuperando da onda da variante Ômicron. Mas achamos que isso será compensado por uma queda na inflação de alimentos e energia”, afirma.

    Enquanto isso, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) caiu para o menor nível em 17 meses no país.

    A Capital Economics acredita que a inflação para as indústrias permanecerá em trajetória descendente ao longo do resto do ano, em meio a uma nova queda nos preços das commodities, além da diminuição nos gargalos de oferta e com uma base de comparação mais alta.

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