Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Indicador antecedente de emprego tem quinta queda consecutiva, mostra FGV

    Avanço da Ômicron contribuiu para agravar a desaceleração da economia, aponta pesquisador

    Stéfano Sallesda CNN no Rio de Janeiro

    Divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), o Indicador Antecedente do Emprego (IAEmp) recuou 5,3 pontos em janeiro e fechou o primeiro mês de 2022 em 74,8 pontos.

    É o menor nível desde agosto de 2020, quando alcançou 74,8 pontos.

    Essa foi a quinta queda nominal consecutiva do indicador, embora os organizadores do estudo considerem que seja apenas a quarta. Isso porque entre setembro e outubro, a variação negativa de 0,1 ponto foi classificada como estabilidade.

    O indicador vai de 0 a 200 e tem em 100 o seu ponto de neutralidade. Variações a partir deste número indicam tendências positivas ou negativas, a depender do sentido.

    Desta vez, todos os oito componentes do IAEmp contribuíram para a queda do índice.

    O principal destaque foi o componente Situação Atual dos Negócios, que recuou 1,6 ponto, seguido pelo quesito Tendência dos Negócios, para os próximos seis meses, que caiu um ponto, além do Emprego Previsto, sobre contratações para os próximos três meses, com variação negativa de 0,9 ponto.

    Economista do FGV Ibre, Rodolpho Tobler destaca que, embora a influência dos fatores macroeconômicos, como baixa confiança do consumidor, inflação alta, elevação da taxa de juros e reemprego com baixos salários, esteja refletida nos números como consequência da desaceleração da economia, o avanço da variante Ômicron do novo coronavírus também deixa sua marca.

    “É o agravamento de uma desaceleração que já ocorria desde o quarto trimestre do ano passado. O setor de serviços era o menos impactado, mas o espalhamento da Ômicron o afeta bastante com a retomada de medidas restritivas, o adiamento do Carnaval e o aumento do receio dos consumidores em circular livremente pelas cidades, por conta dessa variante mais transmissível”, afirma.

    Além do impacto no volume produzido e na demanda, o economista destaca ainda efeitos da pandemia em relação à produtividade.

    “As indústrias relataram em janeiro muitos afastamentos por licença para tratamento de Covid-19”, conclui Tobler.

    Tópicos