Indicador antecedente de emprego sobe em fevereiro ao pico em mais de um ano, diz FGV
Melhora de indicadores macroeconômicos reflete no mercado de trabalho
O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil subiu pelo terceiro mês seguido em fevereiro e atingiu o maior patamar em quase um ano e meio, refletindo expectativas positivas de empresários, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, avançou 0,3 ponto e foi a 78,5 pontos, nível mais alto desde outubro de 2022.
“O indicador ainda não se encontra em um patamar elevado, mas a possibilidade de começar a se observar o impacto no dia a dia da melhora das variáveis macroeconômicas, como redução de juros e controle da inflação, pode estar impactando positivamente as avaliações”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
“A continuidade desse cenário é importante para a evolução do mercado de trabalho”, completou.
Os componentes do IAEmp mostram que a alta no mês ficou concentrada em três dos sete componentes do indicador, com avanços nos indicadores de Situação Atual dos Negócios e Emprego Previsto da Indústria, além de Emprego Previsto de Serviços.
Por outro lado, os destaques negativos foram a Tendência dos Negócios da Indústria e Emprego Local Futuro do Consumidor.
Dados do IBGE mostraram que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,6% no trimestre encerrado em janeiro, abaixo do esperado e com aumento no rendimento real dos trabalhadores, em um mercado de trabalho que segue aquecido.