Importação de criptoativos alcança recorde com US$ 12,3 bilhões em 2023
Dados do Banco Central mostram um crescimento de 64% em relação a 2022


A importação de criptoativos somou US$ 12,3 bilhões (cerca de R$ 61,3 bilhões) em 2023 e alcançou recorde com um crescimento de 64% em relação a 2022, quando foi de US$ 7 bilhões (R$ 34,9 bilhões).
As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (5) pelo Banco Central (BC).
Atualmente, o BC considera esse tipo de ativo semelhante ao bitcoin como bens digitais não financeiros, produzidos (“minerados”) e sem a necessidade de passar por uma instituição financeira, ou CAWLM, na sigla em inglês.
Para a composição da balança comercial brasileira — que atingiu melhor saldo da história com US$ 98,8 bilhões (R$ 493 bilhões) em 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) — os criptoativos são somados às importações e exportações dos bens com alguns acertos.
Segundo o BC, “no caso do Brasil, as importações de CAWLM são atualmente um dos principais fatores de ajuste de importação”.
Em junho do ano passado, o marco legal das Criptomoedas estabeleceu o Banco Central como autoridade responsável por disciplinar as atividades das prestadoras de serviços de ativos virtuais no país.
Segundo Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed, o cenário macroeconômico favorável contribuiu para o acúmulo de ativos de risco e cita os ETF, fundos de índice listado em bolsa indexados ao bitcoin e recém aprovados pelo SEC, como uma narrativa que deixa o mercado mais positivo.
Ele explica que o aumento se dá devido à expectativa otimista por parte dos investidores e ao aumento do preço do Bitcoin.
“2023 foi um ano bom para o Bitcoin, para o mercado de criptoativos de uma forma geral, e 2024 também tende a ser um ano bom”, diz o especialista.
*Sob supervisão de Gabriel Bosa