Impacto de “Barbenheimer” impulsiona economia dos Estados Unidos
Gastos com entretenimento podem ter aumentado por conta do sucesso dos filmes “Barbie” e “Oppenheimer”
“Barbie” e “Oppenheimer” foram filmes de grande sucesso e seu impacto pode estar aparecendo nas estatísticas econômicas.
Os titulares de cartões do Bank of America aumentaram seus gastos não relacionados à gasolina em 1,9% ano a ano durante a semana encerrada em 22 de julho, informou o banco na quinta-feira.
Enquanto os gastos em muitas categorias caíram – incluindo eletrônicos online, reformas, móveis e hospedagem – uma área está crescendo: entretenimento.
Os consumidores que utilizam o cartão gastaram 13,2% a mais em entretenimento do que no ano passado, facilmente o máximo de qualquer categoria rastreada. Essa é uma aceleração significativa em relação à semana de 15 de julho, quando esses gastos aumentaram 4,9%.
No início de julho, o consumo com entretenimento era estável ou baixo em comparação com o ano anterior, segundo o Bank of America.
Em um relatório de pesquisa, a instituição financeira disse que o aumento nos gastos com entretenimento, bem como em lojas de roupas, foi pode ter sido “impulsionado parcialmente pelo lançamento dos tão esperados filmes ‘Barbie’ e ‘Oppenheimer’”.
“Barbie” dominou as bilheterias em seu fim de semana de estreia, arrecadando US$ 162 milhões (R$ 763 milhões) nos EUA. O filme, distribuído pela Warner Bros. Discovery, foi a maior estreia de uma diretora.
“Barbie” arrecada quase R$ 23 milhões em dois dias no Brasil
“Oppenheimer”, de Christopher Nolan, arrecadou outros US$ 82,5 milhões (R$ 388 milhões).
Os resultados de grande sucesso mostram como os consumidores ainda estão gastando de forma assídua em algumas áreas – mesmo reduzindo a compra de bens e de outros setores.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, foi questionado na quarta-feira sobre como a demanda por de “Barbie” e shows da Taylor Swift está impactando a economia em geral.
Powell disse que a “resiliência geral” da economia, junto do arrefecimento da inflação e a recuperação da confiança do consumidor, é uma “coisa boa”.
No entanto, o presidente do Fed reconheceu que, se a economia esquentar demais, isso pode ser problemático para o banco central.
“Na margem, um crescimento mais forte pode levar, com o tempo, a uma inflação mais alta e isso exigiria uma resposta adequada da política monetária”, disse Powell. “Portanto, estaremos observando isso com cuidado e vendo como ela evolui com o tempo.”