Impactado pela Covid-19, setor de serviço tem queda recorde de 11,7% em abril
Esse é o terceiro mês consecutivo de perdas – e o mais intenso desde 2011. Nos três meses de retração, o setor acumula retraçã de 18,7%
Sob forte influência do isolamento social, provocado pela pandemia do novo coronavírus, o setor de serviços recuou 11,7% em abril, na comparação com março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o terceiro mês consecutivo de retração e o mais intenso da série histórica, iniciada em janeiro de 2011. No acumulado dos três meses, o setor registra uma perda de 18,7%.
De acordo com o IBGE, as cinco atividades analisadas apresentaram retração, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, cujo volume despencou 17,8% e representou o maior impacto negativo no mês.
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“O setor de transporte já havia caído em março e teve sua queda intensificada em abril. Além da perda das receitas no transporte aéreo de passageiros e no transporte rodoviário coletivo de passageiros, observaram-se quedas no transporte rodoviário de carga, operação de aeroportos, concessionárias de rodovias e metroferroviário de passageiros”, explicou Lobo.
Serviços prestados às famílias tiveram queda de 44,1%, pressionados com força pelo recuo de 46,5% em alojamento e alimentação, acelerando as perdas de 33,7% em março
Já serviços profissionais, administrativos e complementares perderam 8,6% e a atividade de informação e comunicação teve recuo de 3,6%. Outros serviços apresentaram queda de 7,4%.
O volume das atividades turísticas, por sua vez, intensificou a queda a 54,5% em abril sobre o mês anterior, também a perda mais intensa da série histórica em meio às paralisações e medidas de isolamento para contenção do coronavírus.
A atividade de serviços sofreu contração de 1,6% no primeiro trimestre, o que teve forte influência na queda de 1,5% do PIB nos três primeiros meses do ano, já que exerce forte peso sobre a atividade.
A mais recente pesquisa Focus realizada pelo Banco Central junto ao mercado mostra que a expectativa é de contração de 6,51% do PIB este ano, indo a um crescimento de 3,50% em 2021.
* Com Reuters
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