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    IGP-M desacelera a 0,07% em janeiro com alívio de matérias-primas brutas, diz FGV

    Índice acumula queda de 3,32% em 12 meses

    Índice é conhecido como “inflação do aluguel” por ser usado para reajustar grande parte de contratos do setor
    Índice é conhecido como “inflação do aluguel” por ser usado para reajustar grande parte de contratos do setor Getty Images/EyeEm

    de Reuters

    O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a alta para 0,07% em janeiro, de 0,74% em dezembro, começando o ano sob efeito do arrefecimento dos preços das matérias-primas brutas, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

    O resultado de janeiro ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,24%, e levou o índice a acumular em 12 meses queda de 3,32%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, recuou 0,09% no mês, bem distante da alta de 0,97% vista em dezembro.

    “Nesta edição, o Índice de Preços ao Produtor mostra arrefecimento dos preços das Matérias-Primas Brutas [de 3,06% para 0,49%], o que se mantido nas próximas apurações, pode antecipar a desaceleração dos preços de alimentos industrializados”, disse o coordenador dos índices de preço da FGV, André Braz.

    A desaceleração do grupo de Matérias-Primas Brutas foi influenciada por itens chave como a soja em grão, que passou de uma alta de 2,03% para uma queda de 5,98%; o minério de ferro, que reduziu seu aumento de 4,63% para 2,87%; e o milho em grão, cuja taxa diminuiu de 11,30% para 6,22%.

    Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral acelerou sua alta para 0,59% em janeiro, ante taxa de 0,14% no mês passado.

    No âmbito do consumidor, a inflação segue muito concentrada nos grupos Alimentação (de 0,55% para 1,62%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,65% para 2,11%).

    Esse resultado reflete os preços mais altos dos alimentos in natura, em meio a problemas de ofertas típicos da estação, e cursos formais mais caros, informou a FGV.

    O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, desacelerou a alta a 0,23%, de 0,26% em dezembro.

    O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.