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    IGP-10 cai 0,69% em agosto com ajuda de alimentos e combustíveis, diz FGV

    Indicador havia registrado alta de 0,60% em julho

    Do CNN Brasil Business* , São Paulo

    O IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) caiu 0,69% em agosto, após ter avançado 0,60% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) nesta quarta-feira (17)

    Com isso, o índice acumula alta de 8,43% no ano e de 8,82% em 12 meses. Em agosto de 2021, o índice subira 1,18% no mês e acumulava elevação de 32,84% em 12 meses.

    O indicador –que mede a variação dos preços de produtos e serviços a partir do 11º do mês anterior até o 10º dia do mês atual– teve como principais influências para a queda o preço dos combustíveis e de energia elétrica, sob impacto da redução do ICMS, e o valor dos alimentos.

    “Os números do IPC ainda repercutem a redução do ICMS para energia elétrica e gasolina, efeito que deve perder força ao longo do mês de agosto. Já para o IPA, importantes commodities sustentam a queda do indicador, com destaque para minério de ferro (de -5,93% para -11,09%), carne bovina (de -0,46% para -5,93%) e soja (de -0,78% para -2,14%)”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços da instituição.

    Vale ressaltar que o IGP tem em sua composição 60% do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), 30% de IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e 10% do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).

    Os preços no atacado medidos pelo IPA-10 caíram 0,65% em agosto, ante uma alta de 0,57% em julho. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram queda de 1,56% em agosto, após o avanço de 0,42% em julho. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve alta de 0,74% em agosto, depois de subir 1,26% em julho.

    Maiores queda se altas

    As quedas nos preços da gasolina (-16,88%), passagem aérea (-28 95%), energia elétrica (-4,14%) e etanol (-10,82%) puxaram a deflação ao consumidor medida pelo IGP-10.

    Cinco das oito classes de despesa do IPC-10 registraram taxas de variação mais baixas: Transportes (de -0,41% em julho para -5 71% em agosto), Educação, Leitura e Recreação (de 1,52% para -5 75%), Habitação (de 0,07% para -0,52%), Alimentação (de 1,48% para 0,99%) e Vestuário (de 0,80% para 0,44%).

    As principais contribuições para o movimento partiram dos itens: gasolina (de -1,49% para -16,88%), passagem aérea (de 6,99% para -28,95%), tarifa de eletricidade residencial (de -1,45% para -4 14%), carnes bovinas (de 0,27% para -0,65%) e roupas (de 0,99% para 0,36%).

    Na direção oposta, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,24% para 0,57%), Comunicação (de -0,79% para -0,31%) e Despesas Diversas (de 0,22% para 0,32%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. As maiores influências partiram dos itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (de -1,34% para 0,36%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -1,79% para 0,39%) e cigarros (de 0,68% para 2,65%).

    Commodities

    As quedas nos preços de commodities puxaram a deflação no atacado que integra o IGP-10 de agosto, informou a FGV. “Os números do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ainda repercutem a redução do ICMS para energia elétrica e gasolina, efeito que deve perder força ao longo do mês de agosto.

    Já para o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), importantes commodities sustentam a queda do indicador, com destaque para minério de ferro (de -5,93% para -11,09%), carne bovina (de -0,46% para -5 93%) e soja (de -0,78% para -2,14%)”, afirmou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

    Construção

    A alta mais branda no custo da mão de obra e dos materiais de construção desacelerou a inflação do setor dentro do IGP-10. Dentro do INCC-10, o índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um aumento de 0,88% em julho para uma elevação de 0,38% em agosto.

    Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram alta de 0,34% em agosto, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 0,60% no mês. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de uma alta de 1,67% em julho para um aumento de 1,13% em agosto.

    IPAs

    Os preços agropecuários mensurados pelo IPA Agrícola subiram 0 19% no atacado em agosto, após uma alta de 0,16% em julho. Já os preços dos produtos industriais medidos pelo IPA Industrial tiveram queda de 0,98% este mês, depois da elevação de 0,73% no atacado em julho.

    Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram redução de 0,27% em agosto, ante uma elevação de 0,99% em julho.

    Os preços dos bens intermediários subiram 0,19% em agosto, após alta de 1,59% no mês anterior. Já os preços das matérias-primas brutas recuaram 1,90% em agosto, depois da queda de 0,91% em julho.

    *Com Estadão Conteúdo

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