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    Ibovespa futuro derrete com turbulência externa em meio a tombo do petróleo

    Índice da bolsa brasileira afundava quase 10%, a 88.760 pontos. Na mínima, o índice chegou a 88.540 pontos

    Reuters

    O contrato futuro do Ibovespa mais curto derretia cerca de 9% nos primeiros negócios desta segunda-feira, no primeiro indício do que deve ser uma sessão de fortes perdas na bolsa paulista neste começo da semana, após uma decisão da Arábia Saudita de cortar preços e elevar a produção de petróleo derrubar os preços da commodity e adicionar mais um componente de aversão a risco.

    Por volta de 09:20, o contrato do Ibovespa com vencimento em abril afundava 9,32%, a 88.760 pontos. Na mínima até o momento, chegou a 88.540 pontos.

    O Ibovespa à vista fechou na sexta-feira em queda de 4,14%, a 97.996,77 pontos.

    Os preços do petróleo chegaram a cair mais de 30% nesta segunda-feira, o maior recuo diário desde a Guerra do Golfo, em 1991, após a Arábia Saudita ter sinalizado que elevará a produção para ganhar participação no mercado, que já está com sobreoferta devido aos efeitos do coronavírus sobre a demanda. Os sauditas cortaram seus preços oficiais de venda.

    As atenções no pregão brasileiro estão voltadas principalmente para as ações da Petrobras, que já recuaram fortemente na sexta-feira, após a Rússia recusar aderir a cortes adicionais de oferta propostos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para estabilizar os mercados da commodity.

    Analistas do Bradesco BBI já cortaram a recomendação para os papéis da Petrobras para ‘neutra’, reduzindo o preço-alvo das preferenciais para 23,50 reais ante 38 reais, para incorporar “um cenário de preço do petróleo mais pessimista em nosso modelo após a enorme decepção com a última reunião da Opep e as repercussões anunciadas pela Arábia Saudita”.

    No caso dos ADRs da companhia, o novo preço-alvo é de 11 dólares, de 18 dólares antes.

    O Goldman Sachs cortou sua previsão para os preços do petróleo Brent para o segundo e terceiro trimestres de 2020 para 30 dólares o barril, “com possíveis quedas de preços para níveis de estresse operacional e custos de caixa bem próximos de 20 dólares o barril”, conforme relatório a clientes ainda no domingo.

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