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    Horário de verão nos ajudaria a atravessar crise energética, diz especialista

    Coordenador do Instituto Clima e Sociedade, Roberto Kishinami avaliou à CNN que medida cria mudança sistêmica de economia de energia pela sociedade

    Da CNN , Em São Paulo

    A disparada no preço da conta de luz e riscos no abastecimento faz setores da economia discutirem o retorno do horário de verão, extinto em 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

    Para o coordenador do Instituto Clima e Sociedade, Roberto Kishinami, a discussão é válida, pois o horário de verão sempre foi uma medida de economia e já estava incorporado à sociedade brasileira.

    “Quando ele foi suspenso, o argumento era de que a economia era muito pequena, na ordem de 1% a 2%, mas, se considerarmos a crise e todas as suas consequências, é um montante significativo, que pode ajudar a atravessar essa crise”, afirmou o especialista, em entrevista à CNN.

    Adotado pela primeira vez em 1931, Kishinami explicou que o horário de verão criou uma mudança de comportamento sistêmico dentro da sociedade. Nos meses em que era válido, o sistema produzia naturalmente uma redução de economia.

    “Quando falamos de [reduzir] 1% a 2% do consumo anual total de eletricidade, isso é da mesma ordem de grandeza que vai se produzir com essa medida, por exemplo, de redução voluntária da demanda, que ninguém entende direito como vai funcionar”, disse. “O horário de verão é muito mais simples e democrático nesse sentido.”

    Para o especialista, falta ações do governo federal para atuar de maneira mais equilibrada na oferta e demanda de energia elétrica.

    Na terça-feira (14), a Câmara dos Deputados discutiu com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, a responsabilidade da estatal no preço dos combustíveis e a situação das termelétricas do país.

    Kishinami avaliou que, entre os questionamentos feitos a Silva e Luna, faltou apontar a perspectiva dos consumidores. “As tarifas subiram nos últimos dois anos muito acima da inflação, no mínimo 30% acima da inflação — e isso não é algo razoável, pois já vemos famílias que têm dificuldade em pagar conta de luz.”

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