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    Haddad diz que sugeriu a Lula indicação do presidente do BC em agosto ou setembro após conversa com Campos Neto

    Plano do governo previa indicação ainda em agosto para que Senado fizesse sabatina e votação do nome na primeira semana de setembro

    Reuters

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (27) que sugeriu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que indicasse o nome do futuro presidente do Banco Central entre agosto e setembro após ter conversado sobre o tema com o atual presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

    Em evento promovido pelo banco Santander, Haddad disse que não poderia dar uma data para o anúncio, mas reforçou que Lula está “com essa informação na cabeça” e acredita que o mandatário vai avaliar “com generosidade” a recomendação.

    “Eu cumpri uma formalidade que me parece mais do que um gesto de educação, que foi conversar com Roberto Campos Neto sobre isso, e nós dois chegamos à conclusão, que foi levada ao presidente Lula, de que agosto seria um bom mês de anúncio para que houvesse prazo de transição”, disse.

    “Entre agosto e setembro, para ser bem honesto com o que foi dito. Penso que o presidente está com essa informação fresca na cabeça para considerar a possibilidade de um anúncio em breve.”

    O plano do governo previa a indicação ao comando do BC ainda em agosto para que o Senado fizesse a sabatina e a votação do nome na primeira semana de setembro, quando haverá um esforço concentrado de votações no plenário da Casa, mas a ideia tem enfrentado resistência de senadores.

    O favorito para assumir o comando do BC é o atual diretor de política monetária, Gabriel Galípolo. Além do fim da gestão de Campos Neto, também têm mandatos vencendo em dezembro deste ano os diretores de Regulação, Otávio Damaso; e Relacionamento, Carolina Barros.

    Segundo fontes, Lula teria sugerido ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que faria todas as indicações logo, de uma só vez, mas estaria reavaliando o momento dos anúncios após o senador defender que este não seria o melhor momento, em meio às campanhas para as eleições municipais.

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