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    Haddad diz que “se o governo empurrar, vai ajudar muito na tramitação” da reforma tributária

    Ao chegar para em evento do Grupo Esfera Brasil, com participação de grandes nomes do empresariado brasileiro, ministro da Fazenda afirmou que “o Brasil está se desindustrializando por conta de um sistema tributário caótico, que gera muita insegurança jurídica”

    Rudá Moreirada CNN , em Brasília

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (15) que, apesar de a última palavra sobre a reforma tributária ser dada pelos parlamentares, o governo pode “empurrar” para ajudar na tramitação.

    “O Congresso que dá a última palavra, porque se trata de uma Emenda Constitucional. Mas, se o governo empurrar, vai ajudar muito na tramitação”, disse Haddad.

    A afirmação foi feita na entrada de um jantar com grandes nomes do empresariado brasileiro, oferecido pelo Grupo Esfera Brasil, em Brasília, no qual a equipe econômica do governo fez uma apresentação sobre a importância da reforma tributária.

    “Muitos aqui são industriais, e eles sabem que o Brasil está se desindustrializando por conta de um sistema tributário caótico, que gera muita insegurança jurídica para eles [empresários], que pagam, e para nós que recebemos”, completou o ministro, ao chegar no evento.

    Durante a apresentação aos empresários, Haddad defendeu que a aprovação das mudanças nas regras tributárias vai diminuir a carga de impostos para vários setores, incluindo indústria e serviços. “[Setor de] Serviços paga muito mais do que acha que paga”, exemplificou.

    Reforma administrativa não cortará despesas

    Durante a apresentação a empresários, o ministro da Fazenda foi taxativo ao afirmar que é “ilusório” achar que uma reforma administrativa traria “grandes ganhos de corte de despesa”.

    “É um pouco ilusório achar que a reforma administrativa vai representar grandes ganhos de corte de despesa, quem conhece o Estado sabe”, disse.

    Haddad defendeu, no entanto, que a reforma tributária poderia corrigir “penduricalhos” da gestão federal para reduzir custos de pessoal com mais eficiência. “Temos que combater fraude e despesa tributária.”

    Agradecimento por MP do Carf

    Fernando Haddad também aproveitou o encontro para agradecer o apoio dos empresários com relação à Medida Provisória (MP) que recria o voto de qualidade a favor da União no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

    “É muito importante os empresários terem feito o gesto, e terem feito chegar ao Congresso a sua concordância com as medidas fiscais que estamos tomando para melhorar as contas públicas e permitir uma redução da taxa de juros e o Brasil voltar a cresce”, afirmou o ministro ao chegar no evento.

    Já na apresentação da equipe econômica durante o jantar, Haddad afirmou que o “grande mérito do presidente Lula é saber ouvir”.

    “Se ninguém ceder no acordo, não é um acordo. Vamos fazer acordos”, disse o ministro da Fazenda aos empresários.

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