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    Há uma “ausência de sincronia” nas expectativas de mercado para economia brasileira, diz Galípolo

    Segundo o diretor de política monetária, apesar de dados “otimistas da economia”, não é o que o Brasil está vivendo, por isso a desancoragem das expectativas

    Cristiane Nobertoda CNN , Brasília

    O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira (26) que há uma “ausência de sincronia” nas expectativas dos agentes de mercado, que esperam que a “inflação vai continuar se distanciando da meta”.

    “Existe uma ausência de sincronia sobre este momento da economia brasileira que vem passando. Um processo de expectativas desancoradas, e mesmo com um reflexo sobre a taxa de juros que vem se tornando mais restritiva nas projeções, você vê o mercado desancorando essas expectativas, ou seja esperando uma inflação que vai continuar se distanciando da meta”, disse em evento de comemoração aos 125 anos do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, em Teresina.

    O boletim Focus, sondagem semanal de mercado produzida pelo BC publicado nesta segunda, mostrou que os analistas preveem aumento na inflação, passando de 4,22% para 4,25%. É a sexta semana seguida que a expectativa aumenta.

    O número está fora da meta de inflação estipulada pelo governo em 3% – mesmo que o valor permita uma margem de tolerância de 1,5% para mais ou para menos.

    Na ocasião, Galípolo falou sobre o primeiro corte de juros nos Estados Unidos e citou a fala “arrojada” do presidente do Federal Reserve (BC americano), Jerome Powell, de que o país “está tendo êxito no processo de desinflação sem muito custo para a economia porque as expectativas de inflação estavam ancoradas”.

    Segundo o diretor de política monetária, apesar de dados “otimistas da economia brasileira” – citando aumento no emprego, renda, crédito, emissão de mercados de capitais, em especial debêntures – não é o que o Brasil está vivendo, por isso a desancoragem das expectativas.

    Mesmo assim, voltou a afirmar que o Comitê de Política Monetária (Copom) está dependente de dados para na próxima reunião do colegiado decidir sobre a taxa básica de juros.

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