Guedes admite ritmo lento de privatizações e reformas menos potentes
Ainda assim, o ministro avaliou o montante de R$ 240 bilhões em privatizações em dois anos e meios como "razoável"
No dia de comemoração dos 1.000 dias do governo Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu ritmo lento na agenda de privatizações e reformas menos potentes do que o esperado.
“Estamos agora mandando uma reforma administrativa. que, realmente, não é a mais potente possível, mas é o que foi politicamente possível. […] O segundo (objetivo) era privatização acelerada. Falhamos? Não, mas não andamos no ritmo que gostaríamos”, comentou em participação de evento promovido pela International Chamber of Commerce (ICC Brazil), nesta segunda-feira (27).
Ainda assim, o ministro avaliou o montante de R$ 240 bilhões em privatizações em dois anos e meios como “razoável”. “Foram subsidiárias, não foram as grandes. As grandes vêm agora: Correios, Eletrobras. Isso vem ai. Com R$ 100 bi por ano, seriam R$ 400 bi em 4 anos. Acho que está razoável. Eu dizia que tínhamos entre R$ 800 bi e R$ 1 trilhão”, completou ao lembrar que quem dá o “timing” das reformas e privatizações é a política.
Para a venda das grandes estatais nos próximos 10 anos, Guedes citou a Petrobras e o Banco do Brasil. “Todo mundo entrando na fila, sendo vendido e isso sendo transformado em dividendos sociais”.
Entre as falas, o ministro também citou a aprovação de uma reforma previdenciária “razoável, mas não é a ideal”, já que não foi transformadora. Nesse sentido, ele também afirmou que gostaria de mudar o regime previdenciária para capitalização nos próximos 10 anos.
Por outro lado, o ministro comemorou a expansão do programa de transferência de renda, que será transformado no Auxílio Brasil. “Vamos agora passar de 14 milhões para 17 milhões de famílias o Bolsa Família reformulado, que vai ser o Auxílio Brasil”.