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    Governo viabiliza empréstimo para evitar reajuste da energia

    Com dinheiro, distribuidoras vão diluir parte do reajuste para a conta de luz previsto para 2022

    Raquel Landimda CNN

    O governo federal editou nesta segunda-feira (13) uma medida provisória que vai viabilizar um empréstimo bilionário para o setor elétrico cobrir o rombo provocado pela crise hídrica.

    A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e era muito aguardada pelas distribuidoras. Com a medida, já existe base legal para o financiamento.

    O valor ainda não está fechado, mas deve ficar entre R$ 13 bilhões e R$ 17 bilhões, conforme apurou a CNN. O empréstimo vai ser concedido por um consórcio de bancos privados, coordenado pelo BNDES, por um prazo de cinco anos.

     

    Com esse dinheiro, as distribuidoras vão diluir parte do reajuste para a conta de luz previsto para 2022. Isso porque a bandeira tarifária de “escassez hídrica” não foi capaz de compensar todas as perdas do setor.

    O reajuste das tarifas de energia deveria chegar a 22% no ano que vem, o que é bastante delicado em período eleitoral. Com esse financiamento e outras medidas de mitigação, a expectativa é de alta de 10%.

    Entre as outras medidas de mitigação estão o ingresso de recursos da privatização da Eletrobras, a redução do serviço da dívida de Itaipu e o uso de créditos de PIS/Cofins.

    A maior crise hídrica em 91 anos levou o governo a acionar todas as usinas térmicas do país a fim de evitar o apagão. As usinas térmicas produzem uma energia mais cara e poluente do que as hidrelétricas.

    O mecanismo de financiamento é o mesmo que já foi utilizado em 2020 para cobrir o rombo da pandemia e ficou conhecido como “conta covid”. Na época, foram R$ 15 bilhões.

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