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    Governo vê reciprocidade “essencial”, mas defende esforço para evitar uso

    Projeto de lei que permite ao Brasil retaliar medidas "protecionistas" avançou no Congresso Nacional

    Danilo Moliternoda CNN

    Técnicos da Esplanada dos Ministérios celebraram o avanço no Congresso Nacional do projeto de lei (PL) da reciprocidade econômica — que classificam como um mecanismo essencial para os “dias atuais”.

    Estes quadros, contudo, ainda defendem a diplomacia como principal via para lidar com o novo desenho global, que traz tendências à proteção de cadeias nacionais. A ideia é contar com a ferramenta de reciprocidade, mas trabalhar para que ela não seja utilizado, disse um técnico sob reserva à CNN.

    O PL traz diretrizes legais para o Brasil suspender acordos comerciais, investimentos ou direitos de propriedade intelectual quando outro país ou bloco econômico adotar medida que prejudique a competitividade de seus produtos. Assim, se um país impor barreiras, o governo poderá aplicar sanções equivalentes.

    Ao mencionar o cenário dos “dias atuais”, os membros do governo destacam que o presidente norte-americano, Donald Trump, não lança uma tendência com suas tarifas protecionistas. O próprio PL da Reciprocidade nasceu com outro alvo: a União Europeia. Depois, foi alterado para se tornar mais abrangente.

    O projeto foi apresentado originalmente em meio às ameaças de restrições da União Europeia para produtos agrícolas brasileiros. A UE alegava preocupação com a alta do desmatamento em florestas tropicais, como a Amazônia. O governo brasileiro classificava a medida como “protecionismo verde”.

    Há por parte do governo a percepção de que a tendência à proteção de cadeias internas — impulsionada pela pandemia de covid-19, em que os países com indústria nacional estabelecida sofreram menos — não desaparecerá tão cedo.

    Num contexto em que Organização Mundial do Comércio (OMC) têm seu Órgão de Apelação — última instância do mecanismo de solução de controvérsias — paralisado desde 2019, a avaliação dos técnicos é de que o país deve buscar a via diplomática, mas contar com a ferramenta de reciprocidade, que o prepara para “o pior”.

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