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    Governo vai assumir calote de pequenas e médias empresas para estimular crédito

    Raquel Landimda CNN

    Comercio fechado na Avenida Paulista durante a quarentena
    Comercio fechado na Avenida Paulista durante a quarentena
    Foto: Rovena Rosa – 26.mar.2020/Agência Brasil

    Diante das dificuldades para destravar o crédito, o governo federal mudou de estratégia e vai assumir um eventual calote nos empréstimos de pequenas e médias empresas.

    Nas próximas semanas, devem ser criados dois fundos garantidores de crédito: R$ 14,9 bilhões para pequenas empresas e R$ 20 bilhões para médias empresas.

    Segundo o secretário de Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, o Tesouro vai garantir o pagamento de 75% dos recursos destinados às pequenas empresas e 20% do montante direcionado às médias companhias.

    O percentual é significamente menor para as pequenas empresas a fim de estimular os bancos a concederem empréstimos para esse segmento, que tem um risco de inadimplência mais alto. Nas médias empresas, a probabilidade de calote é menor.

    Desde o início da pandemia do novo coronavírus e da crise econômica, o Banco Central liberou bilhões de dólares no mercado, mas a maior parte desses recursos não foi repassado pelo bancos às empresas por causa do receio de inadimplência.

    O fundo garantidor para as pequenas companhias já foi aprovado pelo Congresso e aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro. A expectativa é que a lei, que cria o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequena Porte (Pronampe), seja promulgada nesta semana.

    Já o fundo garantidor para médias empresas ainda está em fase de formulação. O governo federal pretende reformular um instrumento que já existe que é o Fundo Garantidor de Investimento (FGI). 
    O FGI vinha sendo utilizado para garantir empréstimos para projetos de infraestrutura. Portanto, vai mudar o escopo do fundo e também deve mudar o nome.

    Segundo Costa, ao destinar R$ 20 bilhões para assumir 20% do risco de calote das médias empresas, o governo espera destravar até R$ 100 bilhões em empréstimos.

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