Governo trabalha para não ter “voo de galinha”, diz secretário sobre PIB
Economia recuou 0,1% no terceiro trimestre e aparece em 26° lugar em ranking com 31 países
Após o Produto Interno Bruno (PIB) apresentar recuo de 0,1% no terceiro trimestre deste ano – e ocupar a 26º colocação no ranking global, composto por 31 nações – o secretário de política econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou à CNN, nesta quinta-feira (2), que o governo trabalha para “não ter voo de galinha”, comentando o cenário econômico do país.
“Mais importante que olharmos o número em si, é olharmos a qualidade do PIB, aí e fundamental fazermos uma diferença, o que são efeitos conjunturais do que são efeitos estruturais de políticas econômicas. Você tem setor privado financiando setor privado, via crédito livre, isso gera um investimento muito mais eficiente, o Brasil cansou de voo de galinha. Estamos trabalhando para não ter ‘voo de galinha'”, disse Sachsida.
Segundo especialistas, o país entrou em uma recessão técnica, quando a economia do país apresenta queda por dois trimestres seguidos. O secretário atribuiu a crise hídrica como uma das responsáveis pelo atual cenário no Brasil, com impacto diretamente no agronegócio.
“Infelizmente aconteceu a maior crise hídrica em quase um século, isso tem efeito em setores muito intensivos em energia, e infelizmente tivemos fatores climáticos localizados, que geraram uma queda do agro de 8%, a maior queda em praticamente uma década de agro”, disse.
O secretário do Ministério da Economia afirmou, em entrevista à CNN, que a aprovação de novos marcos legais e o mantenimento do lado fiscal pode impulsionar a economia.
“Como vamos sair dessa situação? Aprovando novos marcos legais, aprovamos saneamento, que é fundamental, 5G, e vem por aí cabotagem, o novo marco de garantias, passo a passo com muita serenidade. Não tem bala de prata, vamos segurar o lado fiscal e melhorar a produtividade da economia”, afirmou.
Ainda como alternativa, Adolfo Sachsida destacou que o governo tem “uma série de preocupação para manter o lado fiscal em ordem”.
“Consolidar o lado fiscal, é isso que o Ministério da Economia pode fazer, e aprovar reformas de aumento de produtividade, não cometeremos erros do passado, é passo a passo indo na direção correta”.