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    Governo mudou orientação para Petrobras para evitar distribuição de recursos “como se fosse o Papai Noel”, diz Rui Costa

    Em almoço organizado pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), ministro da Casa Civil ainda defendeu mudanças no sistema de cobrança de distribuição de energia no país

    Eduardo Gayer, do Estadão Conteúdo

    O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a orientação do governo para a Petrobras mudou de forma a evitar a distribuição de recursos “como se fosse o Papai Noel”. A ordem agora, disse o ministro, é reinvestir.

    “Nenhuma empresa privada do mundo, de setor nenhum, distribui um montante desse de dividendos. As empresas, em geral, boa parte do resultado é reinvestido para que a empresa continue referência no setor que atua”, declarou em almoço organizado pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE). “Forma de distribuição de dividendos é um desserviço à Petrobras, à nação.”

    E disse o ministro: “A orientação mudou. A Petrobras vai investir para gerar empregos, se fortalecer e continuar sendo empresa de energia.”

    Distribuição de energia

    O ministro da Casa Civil ainda defendeu mudanças no sistema de cobrança de distribuição de energia no país. De acordo com o auxiliar do presidente Lula, o crescimento do mercado livre de energia deixou pessoas pobres que, por exemplo, não têm placas solares em casa arcarem sozinhas com o custo da distribuição incidente nas contas de energia.

    “Há desequilíbrio no preço da tarifa de energia no país”, asseverou o ministro.

    Segundo ele, os usuários do sistema regulado de energia pagam sete vezes mais do que os do mercado livre pela eletricidade.

    Rui Costa garantiu que o governo só pensa em utilizar o gás natural para subsidiar a produção no país, e não para a geração de energia. “O gás natural é importante para suprir energia em momentos de crises agudas”, ponderou. Para o ministro, o ideal seria usar o gás natural para a produção de fertilizantes para o agronegócio. A oferta desses insumos foi prejudicada pela guerra entre Ucrânia e Rússia, grande produtor de fertilizantes.

    “A transição energética não é teletransporte”, disparou Rui Costa.

    O ministro afirmou que o governo não pode abrir mão de recursos do modelo energético atual neste momento de transição.

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