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    Governo Milei anuncia leilão de imóveis estatais e fim de “cargos hereditários” no setor público

    Casa Rosada avança em anúncios que prometem economia e diminuição da estrutura estatal

    Luciana Taddeoda CNN , em Buenos Aires

    O governo da Argentina anunciou na sexta-feira (25) que irá leiloar 400 imóveis estatais e colocar à venda 800 propriedades para gerar recursos e reduzir gastos públicos.

    As propriedades que serão vendidas vão de terrenos a edifícios, nas diferentes províncias do país e na capital. As autoridades calculam que as vendas, que incluirão imóveis provenientes de corrupção e tráfico de drogas confiscados pelo Estado, gerariam uma arrecadação aproximada de US$ 800 mil.

    “Trata-se de propriedades que, em muitos casos, estavam em desuso, com mau uso ou cuja manutenção gerava altos custos para o Estado”, explicou o governo em comunicado.

    Um dos edifícios leiloados será onde funcionava o ex-ministério das Mulheres, Gênero e Diversidade, dissolvido pelo atual governo. Segundo a Casa Rosada, o imóvel está avaliado em mais de US$ 12,5 milhões.

    O governo alega que alguns dos edifícios governamentais que serão leiloados têm menos da metade do seu espaço utilizado, o que seria um uso pouco eficiente.

    Outro argumento é que eles geram um gasto desnecessário para o Estado devido à necessidade de segurança por parte da Polícia Federal.

    De acordo com a Casa Rosada, os leilões terão início antes do final do ano e devem ser publicados progressivamente nos próximos meses.

    Fim de cargos hereditários

    Em conjunto com o ministro de Desregulação e Transformação do Estado, Federico Sturzenegger, o porta-voz da Presidência Manuel Adorni também afirmou que o governo de Javier Milei assinou um decreto que proíbe “cargos hereditários” no funcionalismo público.

    Atualmente, alguns órgãos estatais, como o Banco Central e a Administração Nacional da Segurança Social (Anses), permitem que familiares ou cônjuges de funcionários que faleceram tenham prioridade na candidatura a seus postos de trabalho, o que o porta-voz definiu como um “privilégio de sangue” e “benefício insólito e injusto da velha política”.

    O benefício criticado pelo governo, no entanto, é defendido por sindicatos, que alegam que esse é um direito trabalhista negociado para evitar que famílias de funcionários públicos mergulhem em uma crise econômica diante de um falecimento.

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