Governo dá 24h para companhia aérea Itapemirim explicar cancelamento de voos
Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), também estipulou prazo de 5 dias para a companhia informar como vai acomodar os passageiros que haviam comprado passagens
O Ministério da Justiça deu 24 horas para a Itapemirim Transportes Aéreos, também conhecida como Ita, explicar por que cancelou voos às vésperas do natal.
O ministério, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), também estipulou prazo de 5 dias para a companhia informar como vai acomodar os passageiros que haviam comprado passagens e foram pegos de surpresa com a paralisação dos serviços.
Na sexta-feira passada, alegando “ajustes operacionais”, o Grupo Itapemirim suspendeu temporariamente todas as operações.
A Senacon pede, na notificação à empresa, informações sobre a assistência aos “consumidores que estão em aeroportos aguardando os possíveis voos”, afirma em nota o órgão ligado ao Ministério da Justiça.
Foi exigido ainda “um plano de atendimento para os passageiros que foram lesados”. A Itapemirim também é cobrada a explicar “a razão da paralisação de todos os sistemas de atendimento ao consumidor, seja pelas plataformas eletrônicas, telefones ou atendimento presencial”.
A Senacon afirma que, caso os danos aos consumidores não sejam reparados, o governo não descarta a possibilidade de aplicar multas na empresa, com base no Código de Defesa do Consumidor.
A empresa está sob acusações também de fraude no processo de venda, em 2016.
A Itapemirim foi fundada em 1953 no Espírito Santo e leva o nome da cidade onde nasceu: Cachoeiro de Itapemirim. Os antigos donos acreditam que a venda do grupo, no final de 2016, foi cercada de fraudes.
A CNN tentou contato com a empresa e ainda não obteve retorno.