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    Governo central tem superávit primário de R$ 11,1 bi em abril, diz Tesouro

    No mesmo mês do ano passado, saldo positivo havia sido de R$ 15,6 bilhões

    Resultado compreende contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social
    Resultado compreende contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social Marcello Casal Jr/Agência Brasil

    Reuters

    O governo central registrou superávit primário de R$ 11,082 bilhões em abril, ante um saldo positivo de R$ 15,64 bilhões no mesmo mês do ano passado, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira (28).

    O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio no mês passado abaixo do saldo positivo de R$ 13,35 bilhões projetado por analistas em pesquisa da Reuters.

    O saldo de abril é fruto de uma alta de 12,4% acima da inflação na despesa total na comparação com o mesmo mês de 2023, atingindo R$ 180,197 bilhões, enquanto a receita líquida – que exclui transferências para governos regionais – teve crescimento real de 8,4%, a R$ 191,279 bilhões.

    De acordo com o Tesouro, o saldo foi o mais baixo para meses de abril desde 2020, quando ficou negativo em R$ 95,9 bilhões em meio ao enfrentamento da pandemia de Covid-19.

    O saldo positivo nas contas dá fôlego ao governo na busca por uma melhora da trajetória fiscal.

    A meta para o resultado primário deste ano foi mantida pela equipe econômica em déficit zero, enquanto alvos mais ousados para os próximos anos acabaram afrouxados diante da dificuldade de avançar com toda a agenda fiscal no Congresso.

    Em sua mais recente revisão das projeções para o ano, feita neste mês, a equipe econômica estimou que fechará 2024 com um déficit primário de R$ 14,5 bilhões, uma piora em relação ao saldo negativo de R$ 9,3 bilhões projetado em março, mas ainda dentro da margem de tolerância estabelecida pelo novo marco fiscal.

    Do lado das receitas, houve uma elevação real de 10,6% no recolhimento de tributos administrados pela Receita Federal em abril, uma alta de R$ 14,5 bilhões em relação ao mesmo mês de 2023, com impulso principalmente da arrecadação de Pis/Cofins.

    Também houve ganho nas receitas previdenciárias.

    Em relação às despesas, a pasta atribuiu o maior impacto sobre o desempenho do mês passado à elevação de desembolsos de benefícios previdenciários.

    Com o dado mensal, o resultado acumulado do primeiro quadrimestre ficou positivo em R$ 30,605 bilhões, abaixo do saldo positivo de R$ 46,849 bilhões observados no mesmo período de 2023.

    Em 12 meses, o governo central acumula déficit de R$ 253,4 bilhões, em valor corrigido pela inflação, equivalente a 2,23% do PIB.

    O número é sensibilizado pela quitação extraordinária de precatórios no fim de 2023.