Gestão e racionamento de uso podem baixar preço de combustíveis, diz economista
Professor da USP Edmilson Moutinho avalia que política de preços da estatal está alinhada com mercado privado
Maior estabilidade política e racionamento do uso de energia elétrica são formas de baixar os valores pagos pelos consumidores, na opinião do economista Edmilson Moutinho, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP).
“Uma certa estabilização do processo político ajudaria muito, mas, em vésperas de eleições tensas, com jogo político como temos assistido, é pouco provável que isso aconteça”, disse em entrevista à CNN.
“Vamos ter que contar só com política interna, gestão do uso, racionamento da utilização dos combustíveis e fazer o que podemos fazer, que é gestão interna na escolha do que usar e como usar”, afirmou Moutinho.
Controle de preços
O reajuste de quase 9% no preço do diesel vendido às distribuidoras pela Petrobras, que passa a valer a partir desta quarta-feira (29), indica que a política de preços da estatal está alinhada com o mercado privado, segundo o professor.
Moutinho explica que a Petrobras baseia a política de preços dos combustíveis a curto prazo, e não procura a longo prazo, como em governos anteriores.
“O que existiu, mas não recomendo. Isso inviabilizaria todo o programa de privatização e desinvestimento das refinarias, um dos programas estratégicos da Petrobras e do governo”, completou o especialista.
“Seguindo o preço internacional no longo prazo, havia mais estabilidade nos preços, mas também confusão e muito conflito”, disse.
(Publicado por Ligia Tuon)