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    Galípolo tem todas as condições para ser presidente do BC, diz Lula

    Presidente disse que não tem pressa para fazer indicação e voltou a criticar Campos Neto

    João Nakamurada CNN , São Paulo

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta quinta-feira (27) que não tem pressa para indicar um sucessor para Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central (BC).

    Mas, apesar de não oficializar, Lula apontou os holofotes para o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo.

    “Galípolo é um menino de ouro. Se tem um menino de ouro é ele, competentíssimo, de honestidade ímpar. Obviamente, ele tem todas as condições para ser presidente do BC, mas nunca falei com ele sobre isso”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia.

    “Pretendo indicar um cara ao BC que seja digno. Vou indicar a hora que eu tiver, obviamente que preciso conversar com o presidente do Senado, porque também não quero indicar uma pessoa para ficar sendo alvo de tiroteio a vida inteira. Quem sabe a gente baixa a bola do outro, e ele percebe que já tem sucessor.”

    Durante a entrevista à Itatiaia, Lula voltou a criticar a postura de Campos Neto à frente da autarquia.

    “Ele enveredou por um caminho equivocado. Eu acho que a situação do país está efetivamente com disposição de redução da taxa de juros”, enfatizou o presidente,

    “O Banco Central tem autonomia, o cidadão tem mandato. Eu ganhei a eleição para presidente da República e vou ficar dois anos com um presidente do Banco Central indicado pelo adversário e que pensa ideologicamente e economicamente diferente de mim.”

    No dia 18 de junho, Lula chegou a insinuar que Roberto Campos Neto teria um “lado político” e que trabalharia para prejudicar o país. Na ocasião, o presidente apontou que Campos Neto foi recebido em um jantar realizado na semana anterior pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    Lula então indicou na entrevista à Itatiaia que o próximo chefe do BC será uma “pessoa séria” e que “não vai brincar em serviço”.

    “Na hora que [o próximo presidente do BC] disser ‘tem que aumentar a taxa de juros’, ele tem que explicar o porquê tem que aumentar. Na hora que for baixar, também tem que explicar porque vai abaixar”, concluiu.

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