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    G20 reforça necessidade de abordar crise da dívida de países pobres e emergentes

    Comunicado destaca melhorias na transparência das dívidas e incentiva credores privados a também buscarem este caminho

    João Nakamurada CNN , em São Paulo

    O Grupo dos 20 aprovou nesta segunda-feira (18) seu comunicado final deste ano. Dentre as pautas reforçadas pelo bloco está a questão da dívida dos países pobres e emergentes.

    “Nós enfatizamos novamente a importância de abordar as vulnerabilidades da dívida em países de baixa e média renda de maneira eficaz, abrangente e sistemática. Nós saudamos os progressos realizados no tratamento da dívida no âmbito do Quadro Comum do G20 e além”, escreveu o grupo na declaração.

    O Quadro Comum sobre Tratamentos da Dívida do G20 não é uma invenção de agora, mas reforça-se a necessidade de seu trabalho ativo frente ao crescente nível de endividamento dos países mais pobres, que somado ao problema enfrentam dificuldades para saná-lo.

    Para tal, o grupo tem defendido uma revisão das regras e abordagens dos organismos financeiros internacionais de modo a torná-los mais abertos e adaptados à realidade desses países.

    “Nós saudamos os esforços conjuntos de todas as partes interessadas para continuar trabalhando em prol de melhorar a transparência da dívida e incentivar os credores privados a segui-los. Nós continuamos a apoiar a Mesa Redonda Global sobre Dívida Soberana para promover o entendimento comum entre as principais partes interessadas, incluindo o setor privado, credores bilaterais e multilaterais e países devedores”, enfatiza o documento.

    Um dos problemas ligados ao sistema financeiro internacional é a falta de adaptabilidade para a realidade de diferentes economias, tendo em vista o regulamento engessado desde sua consolidação no pós-Segunda Guerra Mundial.

    Desse modo, o comunicado do G20 apoia que as nações, voluntariamente, desenvolvam plataformas próprias como um dos instrumentos para impulsionar o financiamento sustentável em mercados emergentes e em desenvolvimento.

    “Plataformas que sejam lideradas por países, flexíveis e bem adaptadas às circunstâncias nacionais funcionam como instrumentos eficientes para mobilizar tanto o capital público quanto o privado para financiar projetos e programas em países em desenvolvimento, ajudando a conectar desafios de mitigação, adaptação e construção de resiliência com fluxos concretos de recursos para transições justas”, conclui.

    O G20 reitera no comunicado que seguirá emprenhado em abordar as vulnerabilidades globais da dívida, intensificando o trabalho do Quadro Comum de “forma previsível, oportuna, ordenada e coordenada”.

    O próximo país assumir a presidência rotativa do G20 é a África do Sul. No comunicado, o grupo destacou a liderança dos países do continente africano nos debates sobre a dívida global.

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