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    G20: Entenda como cúpula afeta a economia brasileira e mundial

    Evento que reúne as maiores economias do mundo acontece entre os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro

    Patrick Fuentescolaboração para a CNN , São Paulo

    A Cúpula do G20 não terá efeitos diretos na economia do Brasil ou mundial, mas as discussões levantadas durante o evento podem afetar o desenho de políticas econômicas no longo prazo, dizem economistas ouvidos pela CNN.

    Presidindo o G20 neste ano, o Brasil coordenará discussão de temas importantes para a economia global, como tributação de grandes fortunas, digitalização dos governos e ampliação da oferta de crédito em organismos internacionais.

    A Cúpula que reúne as vinte maiores economias do mundo acontece entre os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

    Ao todo serão 271 atividades entre debates, conversas e mesas temáticas organizadas por movimentos sociais, grupos de engajamento, organismos internacionais, conselhos, universidades, governos, setor privado, dentre outros, do Brasil e do exterior.

    Mauro Rochlin, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que a cúpula não terá efeitos diretos ou de curto prazo na economia, apesar de abordar temas importantes para a formulação de políticas públicas.

    “Não veremos desdobramentos no mercado de trabalho, PIB ou inflação. As discussões são relativas a pautas definidas pela presidência e como elas podem ser implementadas para ajudar a economia global”, explica.

    O economista destaca que o esperado é que os debates do evento levem a cooperação para promover o desenvolvimento igualitário entre os países desenvolvidos e emergentes.

    “O impacto relevante do evento é visto só será sentido de médio a longo prazo”, ressalta.

    Henrique Dau, diretor executivo do Instituto Fernand Braudel de Economia, afirma que impactos econômicos só serão sentidos se houver cooperação e comprometimento dos membros da cúpula aos debates e suas conclusões.

    “Originalmente se trata de um encontro para tratar de investimentos e esforços na economia, incluindo acordos comerciais, e acabou agregando pautas sociais. O surgimento de lideranças que questionam esse modelo de cooperação faz com que o resultado da cúpula fique dependendo do comprometimento”, explica.

    O diretor executivo acredita que discussões que desincentivem o protecionismo estejam em foco nesta cúpula do G20.

    Carlos Primo Braga, professor associado da Fundação Dom Cabral (FDC), complementa que o evento, assim como a agenda definida pela presidência do Brasil, foca promover maior participação de governos em desenvolvimentos na governança global.

    Segundo ele, esse posicionamento visa maior participação nos órgãos mundiais reflete a busca por mudanças na estrutura de distribuição de poder econômico.

    “Um exemplo é a busca por maior representatividade em termos de cotas, seja no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional, que tipicamente são temas que a presidência tem muita preparação para discutir”, explica.

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