FGV prevê redução no número de desempregados até o fim do ano
Especialistas ouvidos pela CNN apontam que os bons resultados já devem aparecer na próxima PNAD, que será divulgada nesta sexta (30) pelo IBGE
Uma projeção feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido da CNN mostra uma luz no fim do túnel para a população desocupada no Brasil. Os pesquisadores afirmaram, nesta quinta-feira (29), que o número de desempregados no país deve diminuir consideravelmente nos próximos meses.
Os bons resultados já devem aparecer na próxima Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que será divulgada, nesta sexta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o trimestre terminado em maio, a expectativa da FGV aponta uma redução aproximada de 0,5% em comparação com o trimestre que acabou em abril. A Fundação projeta ainda que o desemprego no Brasil pode registrar uma redução de até 1,5% até o fim do ano, comparado com o momento atual. Em valores absolutos, isso pode representar a contratação de cerca de 150 mil pessoas que antes estavam desempregadas.
O Brasil registra atualmente os níveis mais altos na taxa de desocupação da série histórica, iniciada em 2012. O IBGE aponta que 14,8 milhões de brasileiros estão desempregados entre fevereiro e abril deste ano. Antes da pandemia de Covid-19, a desocupação era uma realidade para 12,5 milhões de pessoas.
Coordenador da Sondagem do Comércio do FGV IBRE, Rodolpho Tobler, ratificou a melhora nos índices para os próximos meses. De acordo com ele, a flexibilização das medidas restritivas foram os principais fatores para a retomada econômica.
“A retomada do mercado e, consequentemente, o aumento do número de pessoas trabalhando tende a ser melhor para os próximos meses. E o resultado é basicamente por conta da flexibilização no comércio e no serviço, e pela vacinação de Covid-19 que avança por todo o país”, destacou o coordenador da FGV.
Rodolpho Tobler também destacou a redução no número de pessoas desalentadas para os próximos meses, população que desistiu de procurar emprego durante o período da pandemia.
“Os desalentados tendem a voltar para a força de trabalho, já que a economia está voltando aos poucos. O quarto semestre vai ser o melhor do ano e pode, definitivamente, mostrar uma luz no fim do túnel”, finalizou.