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    FGV IBRE: Impulsionada por clima favorável, agropecuária deve crescer 5% em 2022

    Coordenadora do estudo disse à CNN que bons resultados da agropecuária devem impactar o agronegócio como um todo

    Raphael CoracciniDuda CambraiaJuliana Alvesda CNN , Em São Paulo

    O clima favorável deve fazer com que a agropecuária brasileira tenha um 2022 animador. A projeção foi feita pela pesquisadora do FGV IBRE Silvia Matos à CNN nesta quarta-feira (5), levando em conta dados de um estudo coordenado por ela e que indica crescimento de 5% para a agropecuária em 2022.

    “No ano passado, sofremos muito com a crise hídrica, e com a crise no geral. Tudo indica que, neste ano, o clima será mais favorável, e isso é muito importante para a agropecuária”, disse a pesquisadora.

    Segundo o IBGE, o ano de 2022 será de aumento de quase 15% nas safras em relação ao ano passado e, de acordo com a pesquisadora, os resultados da agropecuária devem impactar o agronegócio como um todo.

    O que pode atrapalhar as perspectivas são as mudanças climáticas, aponta Silvia. “Os riscos climáticos são elevados. Infelizmente, isso pode mudar esse cenário, que tende a ser bem favorável para a economia brasileira”, explica a pesquisadora.

    Em 2021, a agropecuária brasileira também iniciou o ano animada com as perspectivas, mas os fatores climáticos pesaram negativamente sobre os resultados ao longo do ano. E as mudanças que impactaram os níveis de chuva no país em 2021 estiveram diretamente relacionadas à inflação de alimentos.

    “A discussão climática faz parte da economia porque ela tem impacto severo, não só para o agronegócio, mas para a economia como um todo. Sofremos recentemente com uma inflação muito alta de alimentos, e isso tem um impacto social”, explicou.

    Silvia destacou que o Brasil escapou de uma recessão em 2021, mas que o quadro pode se deteriorar no caso de segmentos e setores mais resilientes da economia nacional sofrerem com resultados inesperados neste ano. O clima é um fator de instabilidade previsto pela pesquisadora.

    “A gente já tem um freio de mão puxado”, disse Silvia. “Era para (o Brasil) estar crescendo muito esse ano porque não recuperamos o nível pré-pandemia. Mas, se tivemos notícias negativas, provavelmente, não consigamos escapar de uma recessão”, avaliou.

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