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    Confiança empresarial cai 0,4 ponto em dezembro ante novembro para 95,2 pontos

    Entre os fatores que pesam na balança, estão a ameaça de uma nova onda de Covid-19 e a perspectiva de uso de parte da poupança acumulada em 2020

    Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo

    O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 0,4 ponto em dezembro ante novembro, para 95,2 pontos, informou nesta segunda-feira (4) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador teve declínio de 0,7 ponto no mês.

    “A discreta evolução do ICE em dezembro retrata o empresariado brasileiro em compasso de espera face à grande incerteza em relação aos rumos da economia nos próximos meses. A queda do Índice da Situação Atual sinaliza desaceleração do nível de atividade corrente, enquanto a manutenção do Índice de Expectativas abaixo dos 95 pontos reflete um pessimismo moderado em relação ao primeiro semestre de 2021”, avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

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    Entre os fatores que pesam na balança para os dois lados estão a ameaça de uma perigosa nova onda de Covid-19 no Brasil contrapondo ao início da vacinação em outros países e a perspectiva de uso de parte da poupança acumulada em 2020 como compensação parcial para o fim do período de concessão de auxílio emergencial.

    “Será um primeiro semestre ainda muito difícil”, diz.

    O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

    O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 0,2 ponto, para 97,8 pontos, interrompendo uma sequência de sete meses seguidos de avanços. Já o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 0,3 ponto, para 94,3 pontos.

    Em dezembro, o componente que avalia a evolução da demanda nos próximos três meses subiu 0,9 ponto, enquanto o item que mede o otimismo com a tendência dos Negócios nos seis meses seguintes avançou 0,7 ponto. O emprego previsto para os próximos três meses cresceu 1,7 ponto.

    A confiança da indústria manteve a tendência de crescimento em dezembro, com aumento da 1,8 ponto. O comércio encolheu 1,8 ponto, e o setor de serviços avançou 0,8 ponto. A construção teve ligeira melhora de 0,1 ponto na confiança em dezembro.

    Em dezembro, a confiança avançou em 55% dos 49 segmentos integrantes do ICE. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.045 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 23 de dezembro.

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