Fávaro atribui acordo Mercosul-UE a Lula e diz que medidas devem impulsionar agropecuária
Iniciativa foi anunciada nesta sexta-feira (6); acordo é negociado desde 1999
O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia deve impulsionar a agricultura brasileira, na avaliação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Os líderes dos dois blocos econômicos anunciaram a assinatura do acordo nesta sexta-feira (6).
“Esse acordo prevê mais liberdade comercial, por exemplo, zero tarifa para frutas, café e outros produtos brasileiros, quotas importantes para açúcar, carne de frango, carne bovina, etanol, nós vamos mostrar a nossa competência e poder acessar esse mercado tão importante que é a União Europeia”, afirmou Fávaro em comunicado.
O ministro atribuiu o fechamento do acordo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe do Executivo brasileiro participou da cúpula do Mercosul, realizada em Montevidéu, no Uruguai.
Na ocasião, também estavam presentes presidentes de países do bloco sul-americano como Javier Milei (Argentina) e Santiago Peña (Paraguai), além do anfitrião, Luis Lacalle Pou (Uruguai), além da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.
“Um dia histórico para a diplomacia, em especial, brasileira, um dia histórico graças à interferência e a dedicação do presidente Lula, não tenha dúvida que é isso, conseguimos formalizar o acordo Mercosul e União Europeia.
[Há] 25 anos nós buscávamos esse acordo, que é muito importante para a nossa agropecuária”, disse Fávaro.
Desde 1999, Mercosul e União Europeia (UE) trabalham na construção de um acordo de livre comércio entre os dois blocos. Apesar do anúncio, o acordo ainda não foi assinado.
A assinatura será realizada após os textos negociados passem por uma revisão jurídica e sejam traduzidos para os idiomas oficiais dos países.
Após a assinatura do documento, o acordo será submetido aos procedimentos de cada parte para aprovação interna – no caso do Brasil, o Acordo será submetido à aprovação pelo Poder Legislativo.
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