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    Faturamento e horas trabalhadas na indústria crescem em agosto, diz CNI

    Rendimento da indústria da transformação apresenta avanço de 4,0% na comparação com o mesmo mês do ano passado

    Diego Mendesdo CNN Brasil Business , em São Paulo

    Os indicadores da indústria de transformação mostraram acomodação nas atividades industriais em agosto na comparação com o mês de julho, após apresentar uma série de altas.

    A pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta terça-feira (4), mostra que o faturamento do setor em relação ao mês anterior apresentou avanço de 0,2%. Esse foi o quarto aumento mensal consecutivo.

    Já o faturamento anual registra uma trajetória de alta desde novembro de 2021. Na comparação com agosto de 2021, o aumento foi de 7,5%. Além disso, o número de horas trabalhadas cresceu 3,5% entre julho e agosto.

    Por outro lado, após três altas consecutivas, o emprego industrial registrou recuo de 0,1% em agosto frente a julho. Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a alteração ainda não indica o início de uma tendência de queda.

    “Ocorreu uma acomodação após um período de crescimento que vinha em curso desde o segundo semestre de 2020. Na comparação com agosto de 2021, a alta foi de 1,7%”, explica.

    O rendimento médio real dos trabalhadores teve uma reação negativa e mostrou queda de 0,6% em agosto de 2022, comparando com julho. A queda aconteceu após dois meses de altas consecutivas, período no qual o rendimento médio acumulou alta de 2,4%. Apesar da queda no mês, o rendimento apresenta avanço de 4,0% na comparação com agosto de 2021.

    Os Indicadores Industriais calculam que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) recuou 0,3 ponto percentual em agosto de 2022, na comparação com julho, para 79,9%. É a quinta queda consecutiva da UCI, que desde março de 2021 vinha acima dos 80%.

    Na avaliação do economista Marcelo Azevedo, essa queda sugere uma normalização progressiva da cadeia de insumos, que está deixando de pressionar a capacidade produtiva.

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