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    Exportação de aço brasileiro cresce mais de 830% após Guerra na Ucrânia, aponta instituto

    Empresários do setor afirmam à CNN que países europeus intensificaram a procura pelo insumo produzido no Brasil depois que Ucrânia e Rússia ficaram impossibilitadas de fornecer o produto

    Lucas Janoneda CNN , no Rio de Janeiro

    A guerra na Ucrânia após a invasão Russa, iniciada em fevereiro, trouxe repercussões diretas ao mercado de aço brasileiro. Dados do Instituto Aço mostram que as exportações do insumo pelo Brasil para o mercado europeu cresceram mais de 830% nos últimos cinco meses, período do confronto armado no leste europeu. A comparação foi feita com base nos números do mesmo período em 2021.

    Em valores absolutos, mais de 849 mil toneladas de aço foram exportadas para países da União Europeia entre janeiro e maio de 2022. Em 2021, no mesmo período, o número foi bem inferior: 91 mil toneladas.

    O aço é a matéria-prima utilizada para a elaboração de chapas, tubos e vigas para a construção civil, ou para a fabricação de produtos mais sofisticados, como carros e geladeiras.

    Ainda de acordo com o levantamento, o mercado de aço brasileiro é responsável por 15% da demanda europeia pelo produto em 2022, suprindo o espaço deixado por Ucrânia e Rússia, impossibilitadas de exportar o insumo devido à guerra. No ano passado, o Brasil tinha 2% da participação total deste segmento na Europa.

    Empresários brasileiros do setor, ouvidos pela CNN, confirmam a maior demanda europeia por aço nos últimos meses.

    Na última semana, durante a maior feira do segmento do mundo, que aconteceu na Alemanha, os empresários brasileiros afirmam que receberam um “pedido de ajuda” por parte dos europeus. A comitiva brasileira contou com mais de 15 representantes do setor, que representam mais de 30% de todo o mercado nacional.

    “A guerra mexeu com o setor. A Ucrânia é uma gigante na exportação de aço, mas não consegue vender por conta do confronto. A Rússia também é uma grande exportadora, mas sofre embargo econômico por ter invadido as terras ucranianas. Isso abriu espaço para o Brasil, que tenta suprir essa necessidade da União Europeia”, disse, à CNN, Edson Cipriano, representante da comitiva brasileira durante a feira de aço na Alemanha.

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