Expectativa é que exportações cheguem a US$ 348 bilhões em 2024, diz Alckmin
Dados divulgados nesta sexta mostram que vendas globais bateram recorde em 2023, alcançando US$ 339,7 bilhões
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta sexta-feira (5) que a expectativa é de que as exportações cheguem ao final de 2024 com um novo recorde: US$ 348 bilhões.
“É o esforço do presidente Lula, indo aos principais mercados do mundo, Ásia, África, Europa, EUA, América Latina, o acordo que foi celebrado Mercosul-Singapura, depois de 12 anos. É o esforço que todo o governo está fazendo: os Ministérios da Fazenda, Planejamento, Itamaraty. Todo mundo trabalhando para expandir o comércio exterior e com isso gerar mais emprego, renda, estabelecer novos mercados, novas conquistas”, disse em coletiva de imprensa.
Dados divulgados nesta sexta pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC mostram que as exportações bateram recorde em 2023, alcançando US$ 339,7 bilhões no ano.
O número é 1,7% em relação a 2022, quando as exportações atingiram US$ 334,1 bilhões. E é o melhor resultado da série histórica iniciada em 1989.
O saldo da comercial brasileira também foi recorde em 2023, atingindo US$ 98,8 bilhões. De acordo com a Secex, o número cresceu 60,6% em relação ao de 2022, recorde anterior com US$ 61,5 bilhões.
Até novembro, o saldo positivo passava dos US$ 89 bilhões, marca que já superava todo o desempenho de 2022 em 56%.
Apesar do otimismo, os dados do Mdic preveem queda de 4,5% no saldo da balança comercial ao final de 2024, atingindo os U$S 94,4 bilhões. Diferentemente de 2023, neste ano, a tendência é de um aumento nas importações com alta de 5,4%, atingindo US$ 253,8 bilhões.
De acordo com a secretária de Comércio Exterior da pasta, Tatiana Prazeres, as importações caíram em 2023, principalmente, por conta do recuo nos preços. Mas segundo ela, não há as mesmas perspectivas para 2024.
“Os preços permanecem uma interrogação. Mesmo assim, seria o segundo maior superávit do Brasil”, afirmou.
Fortalecer comércio regional
Alckmin reforçou que a ideia é fortalecer o comércio com os países vizinhos. De acordo com o vice-presidente, as viagens do presidente Lula ajudam, “e muito”, no fluxo comercial.
“O comércio é fundamental para a economia. Se o Brasil tem 1,8% a 2% do PIB mundial, 98% do mercado está fora do Brasil. O presidente Lula começou pelos vizinhos, Argentina e Uruguai, porque o mercado é muito intra-regional”, disse.
Nos dados divulgados pela pasta nesta sexta, as exportações para a América do Sul despencaram 5,12% em 2023.
Os países que tiveram pior desempenho foram: Argentina (-8,4%), Paraguai (-18,3%), Bolívia (-15,9%), Chile (-6,7%), Colômbia (-3,2%).
“Nós precisamos fortalecer esse comércio regional que é para onde vendemos produtos com maior valor agregado, caminhão, autopeças, maior manufatura. Então, eu acredito que sim, as viagens do presidente Lula são importantes”, continuou.