EUA reduzem queda do PIB do 2º trimestre para 0,6% em segunda prévia
Primeira divulgação trouxe recuo de 0,9%; inflação norte-americana medida pelo PCE teve variação de 7,1% no segundo trimestre
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos referente ao segundo trimestre foi revisado para cima nesta quinta-feira (25), com um recuo agora de 0,6%, ante a queda de 0,9% divulgada inicialmente, em julho. Ainda será realizada uma terceira, e última, revisão, em setembro.
Mesmo com a revisão, o dado seguiu negativamente, mantendo um quadro de recessão técnica, quando uma economia registra dois recuos trimestrais consecutivos no PIB. No primeiro trimestre, a queda foi de 1,6%. A expectativa do mercado era que o valor do segundo trimestre fosse mantido em relação à divulgação inicial.
Também divulgada nesta quinta-feira, a segunda leitura da inflação medida pelo Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) teve variação de 7,1% no segundo trimestre.O núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 4,4%.
A declaração oficial de recessão só é feita nos Estados Unidos pelo Centro de Análises Econômicas, o que ainda não ocorreu.
O centro define uma recessão como “um declínio significativo na atividade econômica espalhada por toda a economia, com duração superior a alguns meses, normalmente visível na produção, emprego, renda real, e outros indicadores”.
As revisões costumam ser a norma, e não a exceção, uma vez que o Departamento de Comércio refina repetidamente seus cálculos à medida que novas informações se tornam disponíveis.
Apesar dos recuos no PIB, o mercado de trabalho do país segue aquecido, com geração de vagas e alta de salários, e a taxa de desemprego no país continua em níveis considerados de pleno emprego.
Além disso, as vendas no varejo foram mais fortes do que inicialmente relatado em maio, e essa força persistiu até junho e julho. A produção industrial atingiu um recorde em julho, enquanto os gastos empresariais com equipamentos foram sólidos.
O mercado aposta que a economia do país entrará em recessão, conforme os Estados Unidos enfrentam a maior inflação em mais de 40 anos e o consequente ciclo de alta de juros pelo Federal Reserve para contê-la, no processo desacelerando a economia do país.
*Com informações da Reuters