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    Estatais federais têm rombo de R$ 6 bi até novembro, maior para o período em 22 anos

    Segundo o Ministério da Gestão e Inovação, gasto representa “materialização de investimentos” e parte de déficits já eram “esperados”

    Cristiane Nobertoda CNN , em Brasília

    Entre janeiro e novembro de 2024, as empresas estatais federais registraram um rombo de R$ 6,04 bilhões, informou o Banco Central nesta segunda-feira (30). Esse valor representa o maior déficit registrado para o período na série histórica da autoridade monetária, iniciada em 2002.

    Os dados do BC consideram as receitas e despesas das empresas controladas pelo governo. Esse rombo afeta diretamente as metas definidas pelo Executivo, que pode ser obrigado a cobrir os valores com recursos adicionais, o que aumenta a dívida do país e reduz os recursos disponíveis para outras áreas, como saúde, educação e infraestrutura.

    Somando as estatais estaduais, o déficit totaliza R$ 9,11 bilhões nos onze primeiros meses do ano. As estatais estaduais registraram um rombo de R$ 3,17 bilhões no período, enquanto as municipais apresentaram superávit de R$ 103 milhões.

    O Ministério da Gestão e Inovação, responsável pelas empresas estatais, publicou uma nota em novembro explicando o motivo do rombo nas contas. Segundo o ministério, o gasto representa a “materialização de investimentos”.

    O MGI esclareceu que há uma confusão entre “déficit e prejuízo” e que, ao analisar de forma isolada, “o déficit não é o resultado mais relevante para a avaliação”, pois “ignora os recursos em caixa provenientes das receitas de anos anteriores”. Na mesma ocasião, o ministério afirmou que a maior parte do rombo foi “impactada por investimentos” e explicou que a maioria das estatais lucrativas não depende de recursos do Tesouro para custeio, mas recebe aportes para projetos de longo prazo.

    Como “os projetos geram superávit no curto prazo e déficits nos anos seguintes”, os aportes de 2019, como os feitos para a Emgepron, resultaram em déficits subsequentes. Esses déficits são esperados, e “o aumento de investimentos estimula o crescimento econômico e gera receitas futuras” para cobrir os custos.

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