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    Especialistas pedem mais investimento em energia eólica no país

    Parques estão concentrados na região Nordeste do país

    Bruna Carvalhoda CNN No Rio Grande do Norte

    Com o aumento no custo para produção de energia, cresce o interesse pela geração a partir da força dos ventos. No Brasil, a produção eólica ocupa hoje o segundo lugar como fonte de geração de energia limpa, e o Nordeste é a região com as condições mais favoráveis, pois tem ventos estáveis, com velocidade adequada e sem mudanças bruscas de direção.

    Dos 726 parques eólicos que existem no país, 630 estão no Nordeste, e 191 no Rio Grande do Norte – onde mais um foi inaugurado, o de Cumaru, em São Miguel do Gostoso, a 120 km de Natal. O investimento foi de R$ 948 milhões e, segundo os responsáveis pela obra, foram 13 meses entre o início da construção e a primeira operação. Hoje, dos 49 aerogeradores, 5 ainda estão em fase final de construção e devem começar a funcionar em 2 semanas.

    Quando estiver em pleno funcionamento, poderá produzir mais de 966 gigawatts/hora por ano, o que equivale ao consumo anual de cerca de 470 mil moradias – quantidade que atenderia 1.410.000 pessoas, pelos critérios do IBGE, de três pessoas por moradia. Seria o suficiente para abastecer cidades como Porto Alegre, Belém e Goiânia.

    O funcionamento do parque vai evitar a emissão de mais de 543 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera, reduzindo os riscos do aquecimento global. Existem ainda outras duas grandes preocupações: a preservação dos pássaros, devido à altura dos geradores, que pode provocar acidentes; e com os materiais utilizados na construção.

    “A gente está trabalhando passo a passo para fazer não só a obra, mas também todo o tempo que a usina vai operar, 25 anos, de um jeito mais sustentável”, explica Roberta Bonomi, diretora da Enel Green Power. “O fato de a eólica ser uma baixa emissora de CO2 coloca o Brasil em uma situação extremamente vantajosa”, diz o ex-presidente da Eletrobras, Altino Ventura Filho, à CNN.

    Vinte anos atrás, quando houve a crise do racionamento, o setor de energia eólica era quase inexpressivo, com projetos iniciados em Fernando de Noronha e no Paraná. A necessidade de novas fontes provocou a expansão. Na última década, o país saiu da 15ª para a 7ª posição no ranking mundial. Hoje, os ventos geram 10,8% da produção nacional em gigawatts hora, ficando atrás apenas da energia hidrelétrica, com 58,3% do total.

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