Especialistas discutem assimetria entre desemprego em queda e pobreza em alta
Levantamento da Fundação Getúlio Vargas Social mostra que, entre 2019 e 2021, 9,6 milhões de pessoas entraram na linha da pobreza no Brasil
Mesmo em um cenário pouco promissor da economia, o desemprego voltou a cair no Brasil e registrou o menor patamar desde 2015, fechando o mês de maio em 9,8%. Apesar disso, a informalidade ainda é alta e representa mais de 40% de todas as vagas, o que explica, em parte, a queda de 7% na renda, na comparação com o mesmo período de 2021.
Os dados do IBGE ajudam a entender o resultado de um outro estudo, divulgado recentemente pela Fundação Getúlio Vargas Social. O levantamento mostra que, entre 2019 e 2021, 9,6 milhões de pessoas entraram na linha da pobreza no Brasil, a pior marca desde o início da medição, em 2012.
O estudo aponta que o problema atinge mais as regiões Norte e Nordeste, onde todos os estados têm índice de pobreza superior à média nacional. O estado mais afetado é o Maranhão, com quase 58% da população vivendo com até R$ 497 por mês.
Neste episódio do E Tem Mais, Muriel Porfiro apresenta um balanço sobre os fatores que permitiram a redução do desemprego no Brasil ao mesmo tempo em que a renda do trabalhador segue em baixa.
Participam da edição Marcelo Neri, diretor da FGV Social, e Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores.
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(Publicado por Carolina Farias)