Escolha do governo de acabar com o teto de gastos já foi feita, diz economista
Alterações na regr foram incluídas no parecer do relator da PEC dos Precatórios para que o Auxílio Brasil seja viabilizado
Para Paula Magalhães, economista-chefe da A.C. Pastore e Associados, o governo já fez uma escolha: a de acabar com o teto de gastos. Alterações nessa regra já foram incluídas no parecer do relator da PEC dos Precatórios, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), para que o Auxílio Brasil seja viabilizado.
“O que está acontecendo no mercado não é um exagero. Estamos em frente ao final do teto de gastos”, disse Magalhães à CNN.
“Estamos mudando a regra a partir do momento que ela atrapalha os planos do governo.”
Apesar da situação, o presidente da República Jair Bolsonaro voltou a afirmar nesta quinta-feira (21) que “ninguém está furando o teto” de gastos. Ele ainda disse que o governo federal concederá uma ajuda aos caminhoneiros autônomos diante da alta no preço do diesel.
“Se o governo estivesse mesmo preocupado com os mais pobres e não só com a sua reeleição, estaria preocupado em diminuir gastos dentro do teto para abrir espaço para esses programas sociais”, afirmou a economista.
De acordo com Magalhães, um reflexo do “arcabouço fiscal” que essa ameaça ao teto está causando são os pedidos de exoneração do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, dos seus cargos no Ministério da Economia.
(*sob supervisão de Juliana Alves)