Escolas sofrem com inadimplência na pandemia e pedem volta às aulas
Pagamentos atrasados passam de 21% em São Paulo
Em meio à crise do novo coronavírus, a saída de muitos pais foi tirar os filhos das escolas. E mesmo para aqueles que continuaram com os alunos matriculados, ficou difícil arcar com a mensalidade. O resultado está na taxa de inadimplência, que foi de 32,11% na cidade de São Paulo em maio, e de 21,34% no estado.
Segundo Benjamin Ribeiro, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (SIEEESP), isso aconteceu principalmente nas escolas de educação infantil, aquelas com alunos de 0 a 3 anos e onze meses.
Assista e leia também:
Câmara aprova texto-base que suspende mínimo de dias letivos em escolas
Não podemos abrir a escola do rico e a do pobre ficar fechada, diz secretário
‘Queremos tratamento igualitário entre escolas públicas e privadas’, diz Abepar
A expectativa do governo do estado é que as aulas presenciais sejam retomadas no dia 8 de setembro — isso se todas as regiões do estado permanecerem na fase amarela por 28 dias consecutivos. No entanto, as escolas particulares afirmam ter condições para reabrir antes.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, 76% da população acha que as escolas devem permanecer fechadas nos próximos dois meses. Só em São Paulo, são 2,4 milhões de alunos na rede particular, que conta com 10 mil escolas. O setor reclama da falta de apoio do governo federal.
A CNN procurou o Ministério da Educação para saber sobre ações de apoio às escolas particulares durante a pandemia, mas não obteve resposta.
(Edição: André Rigue)