Equipe de Alckmin fará reunião com autoridades dos EUA na sexta (14)
Informação sobre reunião na sexta havia sido dita pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, após evento no Palácio do Planalto


O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse que não vai participar da reunião com autoridades dos Estados Unidos marcada para esta sexta-feira (14) que deve discutir tarifas sobre o aço e o alumínio brasileiro.
Mesmo assim, o encontro segue marcado com a equipe dele.
Segundo Alckmin, haverá um aprofundamento do trabalho junto aos estadunidenses nos próximos dias e semanas. A expectativa é resolver o impasse por meio do diálogo.
Ele também lamentou muito a taxação de 25% aos produtos brasileiros que passou a valer na madrugada desta quarta-feira (12).
A informação sobre a reunião na sexta havia sido dita pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, após evento no Palácio do Planalto. Na ocasião, Costa afirmou que haveria o encontro para chegar a um entendimento.
“O presidente só tomará alguma posição depois dessa reunião. Tem essa reunião sexta entre o Alckmin e representantes do governo americano para discutir essa questão. E o presidente resolveu só tomar alguma posição, alguma medida após essa reunião, acreditando que pode chegar ao entendimento”, afirmou o ministro.
Segundo o governo norte-americano, as taxas serão impostas sobre todos os países, sem exceções ou isenções.
“De acordo com suas ordens executivas anteriores, uma tarifa de 25% sobre aço e alumínio, sem exceções ou isenções, entrará em vigor para o Canadá e todos os nossos outros parceiros comerciais à meia-noite de 12 de março”, disse o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, em uma declaração à CNN.
O Brasil é o segundo fornecedor de aço e ferro aos EUA, e a fatia do mercado nunca foi tão grande.
Em 2024, americanos compraram US$ 4,677 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões) em produtos brasileiros do conjunto de “Aço e Ferro”. Com o valor, o Brasil foi o segundo maior fornecedor aos EUA.
Em nota conjunta dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e Relações Exteriores, o governo brasileiro lamentou a decisão e afirmou que, diante do impacto da medida, vai acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) e continuar buscando, em coordenação com o setor privado, medidas para defender os interesses nacionais.
“Em reuniões já previstas para as próximas semanas, avaliará todas as possibilidades de ação no campo do comércio exterior, com vistas a contrarrestar os efeitos nocivos das medidas norte-americanas, bem como defender os legítimos interesses nacionais, inclusive junto à Organização Mundial do Comércio”, diz o texto.