Enchentes no RS aumentam pagamento de indenizações em 2024, diz CNSeg
Entre janeiro e setembro, setor pagou R$ 376,7 bilhões em indenizações, alta de quase 8%
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As enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul entre abril e maio deste elevaram o pagamento de indenizações por seguradoras em 2024, apontam dados colhidos até setembro pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), e divulgados nesta quinta-feira (12).
Entre janeiro e setembro, o setor pagou R$ 376,7 bilhões em indenizações, envolvendo 140 seguradoras. O valor representa alta de 7,9% ante o mesmo período do ano passado, quando soma fechou em R$ 349,1 bilhões.
Somente no estado gaúcho, foram mais de 57 mil saques de seguro, representando valores que ultrapassam os R$ 6 bilhões.
O setor fecha o ano com uma projeção de arrecadação total de R$ 750 bilhões, com um crescimento — até setembro — de 13%.
Dyogo Oliveira, presidente do CNSeg, destaca que ações do governo federal previstas para 2025, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), geram otimismo no setor.
“Em nível federal, estamos tratando sobre os aprimoramentos dele, e também conversando com os estados para que possamos ter um ano muito positivo”, disse.
Em 2024, o setor de seguros vem representando 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou a CNSeg. A projeção para 2025 é que esse dado seja elevado para 6,4%.
A projeção de crescimento está 12,6% (sem o ramo da saúde) e 11,6% (com o ramo da saúde).
O próximo ano também será marcado por um trabalho ainda mais atento da CNSeg para as mudanças climáticas.
Para isso, a entidade lançou a Casa do Seguro: o espaço será montado próximo do centro de convenções da Conferência do Clima, a COP30, que será realizada em Belém do Pará em 2025.
“O seguro é um dos caminhos mais importantes de prevenção aos desastres naturais. As mudanças climáticas estão aí, e precisamos fazer com que as pessoas entendam que precisam ter a segurança de uma cobertura para a sua casa, o seu imóvel, o seu negócio. É preciso se preparar” afirmou Dyogo.
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