Empresas irão priorizar contratação de funcionários que dominam IA, diz estudo
Estudo indica que grande parte dos trabalhadores já compreendeu nova tendência do mercado
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Visando um aumento na produtividade – que está em queda em quase todo o mundo -, as empresas irão priorizar a requalificação e contratação de funcionários que dominem tecnologias de inteligência artificial (IA) e Big Data nos próximos anos.
Segundo estudo publicado nesta quarta-feira (8) pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), em parceria com o Núcleo de Inovação, Inteligência Artificial e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC), os trabalhadores deverão desenvolver habilidades em IA para se adequarem às demandas do mercado.
O relatório “Futuro do Trabalho” analisa as tendências que influenciam o mercado de trabalho, as competências demandadas e as estratégias que os empregadores podem adotar durante a adaptação.
Segundo o estudo, no Brasil, 53% dos empregadores escutados indicam que conhecimentos em IA e Big Data serão áreas prioritárias de requalificação nos próximos anos.
O relatório ainda afirma que 9 em cada 10 empresas no país planejam aprimorar as habilidades da sua força de trabalho com foco em IA, Big Data, pensamento crítico, alfabetização tecnológica e lógica geral nos próximos 5 anos.
O “X” da questão está na produtividade, que está em queda em diversos países. Com o crescimento acelerado e investimentos bilionários em inteligência artificial ao redor do mundo, as empresas compreendem que profissionais com domínio em IA tendem a ser mais produtivos.
“Esse cenário [de grande investimento em tecnologias] gerou um aumento expressivo na demanda por habilidades relacionadas à IA, refletindo o seu potencial de aprimorar o desempenho, ganhos de produtividade e a eficiência dos trabalhadores em suas atividades”, diz o relatório.
“O tema IA já deixou de ser hype e ficção. Agora é um tema do mercado de trabalho, cujo foco principal é produtividade”, disse Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da FDC.
Grande parte dos trabalhadores, no entanto, já entendeu a nova demanda do mercado e busca aprimorar suas habilidades tecnológicas.
O relatório afirma que 65% dos trabalhadores consideram a requalificação com foco nessas tecnologias como essencial para manter sua relevância e empregabilidade no mercado.
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